Neste ano, as eleições municipais terão um recurso inédito que promete facilitar a vida dos candidatos: a "vaquinha" pela internet. A possibilidade de arrecadação está em vigor desde o dia 15 de maio, e só pode ser feita com a contratação de empresas de financiamento coletivo que estejam cadastradas na Justiça Eleitoral.
No pleito de 2018, quando a possibilidade de financiamento coletivo foi permitida pela primeira vez, R$ 20,3 milhões foram arrecadados por meio de "vaquinhas" online em todo o país - uma fração do custo total das campanhas Brasil afora. Para se ter uma ideia, o Fundo Eleitoral deve irrigar os partidos com R$ 2 bilhões nas eleições deste ano.
"A gente começou a pensar nisso, mas aí veio a quarentena", diz o vereador Kaskata (PSB), de Barueri. "Eleição é na sola de sapato, nunca gastei mais de R$ 30 mil ou 40 mil nas minhas campanhas. Mas com certeza nós vamos usar todos os recursos que estiverem disponíveis", promete. Seu colega de Santana de Parnaíba, Gino Mariano (PSDB), por outro lado, não pensa em recorrer ao dispositivo. "Por enquanto, não - e nem cogito", disse ele, que também é vice-presidente da Câmara local.
Apesar da quantia relativamente baixa arrecadada pela internet no último pleito, o potencial é enorme. Em 2016, o então candidato Donald Trump coletou US$ 280 milhões em doações individuais de até US$200 cada uma na disputa pela Presidência dos Estados Unidos.
Não dá para saber se chegaremos a essas cifras no Brasil, ainda mais em tempos de crise econômica severa causada pelo novo coronavírus: a projeção do Ministério da Economia é de que a economia brasileira encolha 4,7% só em neste ano devido à pandemia.
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