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Dados divulgados recentemente pelo indicador ABRAINC-FIPE mostraram que as vendas de imóveis tiveram alta de 45,3% na comparação interanual, que considera o período de 12 meses encerrado no último mês de maio.
Segundo o levantamento, foram comercializadas 183.228 unidades em todo o país entre maio de 2023 e maio de 2024. Além disso, a soma das unidades vendidas entre janeiro e maio de 2024 representou um volume 28,9% superior ao do mesmo período de 2023.
O indicador ABRAINC-FIPE revelou ainda que, na comparação interanual, houve um aumento no número de lançamentos de novos imóveis. De acordo com o índice, entre janeiro e maio de 2024, houve um crescimento de 30,3% no volume, acumulando uma alta de 12,8% na comparação dos 12 meses.
Já quando o recorte são os imóveis de médio e alto padrão, a alta foi de 13% no volume de unidades comercializadas na comparação interanual, bem como um crescimento de 32,6% no valor de vendas.
Perspectivas
Em palestra realizada no SOMA, evento do mercado imobiliário brasileiro voltado à representatividade feminina no segmento, Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad, professor da FEA-USP e co-fundador da DataZAP, informou que o segmento ainda tem um grande potencial a ser explorado. Ele destacou ainda que, após a pandemia, houve um aquecimento muito grande do setor.
"Isso teve um impacto nos preços, e a perda de força da derrubada da taxa de juros produziu e deve continuar produzindo uma certa desaceleração no ritmo do mercado. Mas, quando olhamos para questões estruturais, o quanto crescemos, onde chegamos e o que há de oportunidade pela frente, seja macro, comparando nossos números com outros países, seja micro por ajustes comportamentais e fluxos migratórios de diversas regiões do Brasil, não faltarão oportunidades. Sempre acreditei e continuo acreditando muito no sucesso do setor imobiliário brasileiro", afirmou Igliori.
