Em recente entrevista para a BandNews, o governador João Doria (PSDB) afirmou que o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) deveria se licenciar do partido enquanto estivesse sob investigação. A declaração é interpretada como mais uma das iniciativas do tucano para que o partido se posicione e dar uma 'cara nova' para a legenda.
Alckmin teve bens bloqueados em um inquérito que investiga o repasse de recursos via caixa dois da Odebrecht para a campanha dele.
Apesar da fala de Doria, não há um consenso sobre o possível afastamento de Alckmin. Na região, o presidente do Diretório Municipal do PSDB Barueri e Secretário de Indústria, Comércio e Trabalho da cidade, Joaldo Macedo Rodrigues, o Magoo, afirmou que o afastamento só deve ser cogitado quando há uma sentença transitada e julgada: "Até então qualquer um pode ser indiciado. Eu sou totalmente contra o afastamento. Só quando há provas cabais e incontroversas. Não é o caso do Alckmin. O partido tem que inovar, mas tem que respeitar sua história."
No mesmo sentido opina o coordenador regional do PSDB e prefeito de Santana de Parnaíba, Elvis Cezar: "Eu acho que cada caso é um caso. Tem que ter análise e verificação, porque, às vezes, podem ocorrer injustiças. Geraldo é um cidadão que passou 40 anos da vida sem ter nenhuma acusação. Precisa ser analisado melhor, não se pode colocar todos na vala comum", afirmou.
Tucano, Rubens Furlan, prefeito de Barueri, também é contrário ao afastamento. "O Alckmin governou o estado de São Paulo durante 14 anos, tem uma conversa aqui e ali, mas não há nada que prove. Eu o considero um homem honesto e um quadro importante para o partido e não deve ser atacado nem dentro nem fora do PSDB. Temos que preservar o que temos de bom. Bote alguém para governar o Estado 14 anos que não está na beira da cadeia? O Alckmin não está", finalizou.
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