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Uma carreira sólida no mundo dos negócios, com 30 anos de experiência como CEO, proporcionou a Pedro Janot a bagagem e a credibilidade necessárias para compartilhar seus conhecimentos com empreendedores de todas as áreas.
Para ampliar o alcance dessas ideias, o executivo acaba de lançar seu terceiro livro, "Focado em Pessoas" (Editora Flutuante), em colaboração com o escritor Edvaldo Pereira Lima. Nesta obra, Janot revisita sua trajetória à frente de renomadas empresas, como Richards, Zara, Pão de Açúcar e Azul Linhas Aéreas.
Na entrevista à FA, Janot afirma que a lição mais importante que o leitor pode aprender com as histórias compartilhadas no livro é a de 'liderar de pessoa para pessoa e de pessoa para pessoas', uma cultura organizacional que o executivo levou por onde passou.
Foi assim entre os anos de 1998 a 2007, quando foi um dos diretores da Richards. Na empresa, conduziu o turnaround e o projeto de franquias, contribuindo para o fortalecimento da marca. "Tive de contornar para que os sócios trabalhassem juntos, orientados com o mesmo olhar para a companhia, trabalhando muito próximo deles, separando os conflitos para que houvesse espaço para a empresa se desenvolver".
A partir desta trajetória, Janot foi escolhido para trazer a Zara ao Brasil e ser o primeiro CEO da empresa, posição que ocupou de 1998 a 2007. "Na Zara, o maior desafio foi fazer a transposição de cultura de país, da Espanha para Brasil e da cultura corporativa da Zara, porque ela não existia no país e esse desafio foi resolvido com toda a equipe brasileira se ajustando aos moldes da matriz, foi dolorido, não foi suave, mas eu estava à frente desses ajustes", relembra.
Pão de Açúcar
Segundo Janot, no Pão de Açúcar, o maior desafio foi a reorganização das equipes, que incluiu até mudanças no ambiente de trabalho. "Tínhamos uma equipe na área de não-alimentos que trabalhava junta por anos. Para transformá-la em uma equipe de alto desempenho, adotei uma abordagem inusitada. Reorganizei o espaço de escritório, que costumava ser dividido em várias salas e baias, e coloquei todos os funcionários em mesas de 10 metros de comprimento para cada departamento. Todos trabalhavam juntos. Isso acelerou significativamente o desenvolvimento dessa área", recorda.
Alguns anos mais tarde, Janot enfrentou um novo desafio ao assumir a presidência da primeira companhia aérea de low-cost do país, a Azul, fundada pelo americano David Neeleman. Sob sua liderança, a Azul conquistou uma parcela significativa de mercado, alcançando 13% nos primeiros cinco anos. Esse período coincidiu com um duopólio dominante no setor. "Revolucionamos o setor por meio de uma cultura organizacional centrada em funcionários e clientes, reconhecendo que o cliente é o verdadeiro diferencial para a empresa. Nas páginas do livro, compartilho episódios que ilustram a importância de cuidar das pessoas e destaco a relevância da autenticidade, onde cuidar significa agir de acordo com o que se prega".
Superação
Após uma queda de cavalo, em 2011, que o deixou sem os movimentos das pernas e braços, Janot seguiu no cargo na Azul, até 2012.
"O trauma de um acidente como o meu, que resultou em tetraplegia da noite para o dia, obviamente afetou minha saúde física, psicológica e mental, limitando minha capacidade de cuidar de qualquer outra pessoa que não fosse eu. No entanto, consegui superar esses desafios e, quatro anos depois, retomei minha capacidade empreendedora".
Atualmente, ele é sócio de uma financeira e fundou a Contratempo, uma empresa que organiza todos os seus eventos, palestras e mentorias. Recentemente, lançou o curso online para líderes e gestores, conhecido como o Método Pedro Janot.
"Minha motivação permanece em compartilhar o conhecimento valioso que acumulei ao longo dos anos e escolher todas essas formas para poder atingir o maior número de pessoas".
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