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Eleição municipal deve ver maior influência de evangélicos

Denominação já representa 31% dos brasileiros, enquanto os católicos são 50% da população, segundo Datafolha 

17 Jan 2020 - 10h15   atualizado em 02/12/2025 às 09h44
Eleição municipal deve ver maior influência de evangélicos

Com crescimento contínuo, a fatia evangélica já representa 31% da população, enquanto os católicos são 50% dos brasileiros. As mulheres compõem o maior recorte dos evangélicos, com uma fatia de 58% do total, contra 51% no catolicismo. 

As informações são de uma pesquisa realizada pelo Datafolha em dezembro do ano passado e divulgada na última segunda-feira (13). Na prática, esse crescimento deve aumentar a infuência evangélica nas eleições deste ano. 

Hoje, eles são uma importante base de apoio para o presidente Jair Bolsonaro, com o número recorde de cinco ministérios na Esplanada, o que tem se traduzido em um aprofundamento do discurso conservador nos costumes - sobretudo em pautas como aborto e educação. 

Ao mesmo tempo, o crescimento da população evangélica nas cidades faz com que os prefeitos tenham de trabalhar para conquistar essa fatia do eleitorado. Na Região Oeste, alguns episódios recentes mostram como o peso desse estrato social se faz sentir. 

Em Barueri, em setembro, o prefeito de Barueri, Rubens Furlan (PSDB), apoiou a realização da Semana da Cultura Cristã na cidade. Dois meses depois, em novembro, a Prefeitura de Santana do Parnaíba promoveu as festividades do Dia do Evangélico, com show da cantora gospel Sarah Farias. 

No mês passado, a Câmara de Osasco aprovou uma Moção de Repúdio ao filme "A Primeira Tentação de Cristo", criado pelo grupo de humor Porta dos Fundos e exibido pela Netflix. Na película, Jesus é retratado como gay - o que motivou a reação dos vereadores.

Análise 

Para João Feres, professor do Instituto de Estudos Sociais e Polítcos (IESP) da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, há uma probabilidade "muito grande" dos evangélicos fazerem a diferença nas eleições municipais deste ano. "O Bolsonarismo substituiu a política tradicional, onde o tempo de TV fazia a diferença, pelas redes sociais, o Whatsapp e as igrejas", diz o especialista. 

"Na eleição municipal, os partidos só fazem a diferença se tiverem uma estrutura muito grande", afirma. "Nesse novo paradigma, as redes sociais vão fazer diferença para quem tiver dinheiro para utilizá-las, e não necessariamente recurso partidário, mas de empresários que se disponham a bancar campanha, em especial negativa, pelas redes", diz. 

"As igreja também serão um pilar. Eles já partem de uma base eleitoral muito grande, num contexto de partidos fragmentados. É alta a probabilidade de elas fazerem a diferença e levarem seus candidatos à vitória no primeiro turno, até porque dispõem de mais capilaridade e capacidade de organização que as siglas", afirma. 

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