São Paulo | 19ºC
Sáb, 06 de Dezembro
Busca
Política

Em 2020, Tribunal Superior Eleitoral quer punir candidatos por fake news

O objetivo é coibir a divulgação de notícias falsas nas eleições. Barueri tem lei municipal sobre o assunto

22 Nov 2019 - 09h05   atualizado em 02/12/2025 às 09h41
Em 2020, Tribunal Superior Eleitoral quer punir candidatos por fake news

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) quer responsabilizar nas eleições de 2020 candidatos por fake news. O Tribunal deve votar ainda este ano normas que poderão levar à punição de responsáveis pela propagação de notícias falsas. As minutas ainda precisam passar por consulta pública, mas balizarão a atuação da Justiça Eleitoral durante o pleito, que envolverá 5.570 municípios.


No mês de abril, o Plenário da Câmara Municipal de Barueri aprovou o Projeto de Lei 020/2019, do vereador Rafa Gente da Gente (DEM), que estabelece um programa de enfrentamento às informações falsas divulgadas e compartilhadas na internet. "Faremos um trabalho forte de combate a essa prática de pessoas que se escondem atrás de redes sociais para disseminar informações falsas e prejudicar a vida de alguém", afirmou o parlamentar na época.

Com a legislação, ficou definida a divulgação periódica de campanhas de combate aos crimes relacionados às "fake news" em veículos de comunicação oficiais, de grande circulação e mídias sociais da Administração para atingir o maior número de pessoas. A lei também inclui o trabalho de educação e conscientização nas escolas da rede municipal e órgãos do Poder Executivo, com a realização de palestras e seminários.

De acordo com a gestão municipal, o programa é de caráter educativo, de conscientização, e não tem poder de fiscalização ou de penalização (prerrogativa que compete à justiça). A prefeitura informou que o intuito é enfrentar a disseminação de notícias falsas, no geral, independente de quem seja a vítima, mostrando que quem divulga informações inverídicas está sujeito a punições já previstas na lei. "O prefeito já foi vítima de fake news e tomou as providências legais", disse a administração, por meio de nota.

O documento
O artigo 9 do documento, sobre propaganda eleitoral, menciona o seguinte trecho: "pressupõem que o candidato, partido ou coligação tenha procedido à checagem da veracidade e fidedignidade". O texto foi disponibilizado para consulta pública neste mês. A minuta determina ainda que é necessário que o concorrente demonstre o uso de "fontes de notória credibilidade" para embasar a informação. Aquele que se sentir ofendido por alguma propaganda poderá pedir direito de resposta.

Nas eleições de 2018, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) esteve envolvido no caso Zapgate. Na época, segundo a Folha de S.Paulo, empresas e empresários pagaram por disparos em massa de mensagens com conteúdos anti-PT via WhatsApp. O PT era o principal adversário do PSL, legenda que Bolsonaro era filiado. A intenção seria beneficiar o presidente. O apoio financeiro de empresas a candidatos é proibido pela Lei Eleitoral.

O especialista

Para o cientista político e professor do Insper, Leandro Consentino, a questão possui dois desafios: definir o que é fake news e como vai se materializar a questão. "Todas essas decisões terão que ser tomadas de forma célere para garantir o pleito. Corre-se o risco de responsabilizar os candidatos por coisas que eles não fizeram. Vamos dizer que tenha um 2º turno, o candidato A é acusado de algo e pode não ter feito, automaticamente vai recair a suspeita no candidato B, mas pode ser que também não seja ele. Que garantias teremos de onde foi emitida a notícia? É uma fronteira delicada", avaliou.


Leia Também

TRE-SP mantém inelegibilidade de Pablo Marçal até 2032
Processos

TRE-SP mantém inelegibilidade de Pablo Marçal até 2032

Pesquisa aponta Tarcísio de Freitas como favorito na corrida pelo Governo de SP
Eleições

Pesquisa aponta Tarcísio de Freitas como favorito na corrida pelo Governo de SP

Lula e Trump conversam sobre retirada de sobretaxa
Tarifaço

Lula e Trump conversam sobre retirada de sobretaxa

PL suspende atividades partidárias e salário de Bolsonaro

PL suspende atividades partidárias e salário de Bolsonaro

STF encerra processo e Bolsonaro começa cumprir pena na sede da PF por tentativa de golpe

STF encerra processo e Bolsonaro começa cumprir pena na sede da PF por tentativa de golpe

Defesa de Bolsonaro não apresenta novo recurso no STF contra sentença

Defesa de Bolsonaro não apresenta novo recurso no STF contra sentença

STF: Moraes e Dino votam para manter prisão preventiva de Bolsonaro

STF: Moraes e Dino votam para manter prisão preventiva de Bolsonaro

Bolsonaro é preso preventivamente em Brasília pela Polícia Federal por decisão do STF

Bolsonaro é preso preventivamente em Brasília pela Polícia Federal por decisão do STF

Pablo Marçal tem condenação à inelegibilidade revertida em segunda instância

Pablo Marçal tem condenação à inelegibilidade revertida em segunda instância

Nova lei em Barueri mira falsificação de bebidas e reforça fiscalização

Nova lei em Barueri mira falsificação de bebidas e reforça fiscalização

Mais Lidas

PM frustra golpe de R$ 900 mil em negociação de ouro no Tamboré
Barueri

PM frustra golpe de R$ 900 mil em negociação de ouro no Tamboré

Obras na Castello: ViaOeste inicia nova intervenção no Trevo de Alphaville
Tráfego

Obras na Castello: ViaOeste inicia nova intervenção no Trevo de Alphaville

Osasco e Barueri estão entre as "top five"campeãs de emprego
Desenvolvimento

Osasco e Barueri estão entre as "top five"campeãs de emprego

Estado de SP se prepara para verão mais quente, com chuvas irregulares
Previsão 2025/2026

Estado de SP se prepara para verão mais quente, com chuvas irregulares