A Serasa Experian, primeira e maior datatech do Brasil, realizou um estudo inédito que traz informações sobre a renda dos brasileiros: seu comprometimento de renda e sua capacidade de pagamento para novas compras a prazo ou financiamentos, por exemplo.
Os dados mostram que, em média, 70,5% da renda dos consumidores do país está comprometida e traz recortes por faixas de remuneração e histórico desde 2022.
O levantamento foi realizado a partir das soluções da datatech que trazem a renda, a capacidade de pagamento, a origem da fonte da renda do consumidor, ou seja, a categoria dessa fonte (assalariado, serviço público, trabalhador informal, etc) e o nível de comprometimento com despesas financeiras gerais, que não somente com dívidas, proporcionando uma visão ainda mais detalhada do perfil do consumidor.
Faixas salariais
Olhando para o comprometimento por faixas salariais, os brasileiros que ganham até 3 salários-mínimos, apresentam o maior percentual médio comprometido, conforme gráfico abaixo. As porcentagens são: até um salário-mínimo, 90,1%, dois salários-mínimos, 79,4% e três, 71,1%.
O destaque dos dados percentuais de comprometimento se encontra nas faixas seguintes. Os consumidores com renda de 4 salários-mínimos possuem, em média, 68,9% de comprometimento e os com renda de até 5 salários-mínimos têm 57,9% tomados.
O percentual volta a subir na faixa de renda de 6 a 10 salários-mínimos, com 63,8% já reservado. Para o público com ganhos acima de 10 salários-mínimos, o montante volta a cair e atinge o menor patamar: 58,2%.
Já em termos históricos, é possível observar uma leve queda ao longo dos anos. No comparativo entre o primeiro ano da série histórica com o último, houve uma queda de 1,8 p.p., saindo de um comprometimento médio geral de 72,3% em 2022 para 70,5% em 2025.
"Os números mostram como a macroeconomia impacta diretamente o dia a dia dos brasileiros. É possível perceber que o comprometimento da renda, ou seja, porcentagem já comprometida com pagamento de dívidas, financiamentos ou outras obrigações financeiras, teve uma queda no comparativo entre 2022 e 2025. Isso pode ser reflexo de alguns fatores como o mercado de trabalho aquecido e políticas de estímulo a renda.
No entanto, temos observado, atualmente, que esse aumento na renda não está contribuindo para conter a elevação da inadimplência no país. Por isso, é tão importante o credor ter à sua disposição informações complementares acerca de cada CPF, como fonte da renda, indo além do comprometimento e capacidade de pagamento. Isso possibilita entender o comportamento financeiro de cada consumidor e ser muito mais assertivo na concessão", explica Eduardo Mônaco, Vice-Presidente de Crédito e Plataformas da Serasa Experian.
Capacidade de pagamento
Já a capacidade de pagamento mostra o valor que o consumidor ainda teria disponível para poder arcar com seus compromissos financeiros e engloba, além da renda, os gastos fixos, dívidas já existentes e comportamento financeiro. A capacidade é fundamental, pois tangibiliza o quanto cada pessoa está apta a novos compromissos financeiros.
Em números, a capacidade média do brasileiro atualmente é R$968,00. A pesquisa traz as quebras também por faixas salariais e histórico desde 2022.
Quanto maior a faixa salarial, maior a capacidade de pagamento, conforme o gráfico abaixo. Olhando para renda de até um salário-mínimo, a capacidade de pagamento é de R$120,00. Para dois salários-mínimos, a capacidade quase quadriplica, atingindo R$410,00. E para três salários-mínimos, o valor chega a R$1.056,00.
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