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Debandada da base de Furlan para Gil lembra eleição de 2012

Oito legisladores se aliaram a ex-prefeito

15 Mar 2024 - 08h15   atualizado em 02/12/2025 às 09h53
Debandada da base de Furlan para Gil lembra eleição de 2012

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A confirmação da saída de mais quatro vereadores do grupo do prefeito Rubens Furlan (PSB) nesta semana ampliou as semelhanças da disputa eleitoral deste ano com a de 12 anos atrás, quando o ex-prefeito Gil Arantes (União) conquistou o terceiro mandato.

Com as novas adesões, Gil contará com oito vereadores e, além deles, há um parlamentar pré-candidato a prefeito: Fabião (PSDB). Com isso, Furlan terá na reta final do governo uma Câmara mais dividida do que em todos os últimos oito anos de governo. Mas esse não é um cenário inédito.

Às vésperas da disputa de 2012, a situação era semelhante, além de outras coincidências. Na época, Furlan havia escolhido o vice-prefeito, Carlos Zicardi, como candidato a sucedê-lo e para enfrentar Gil. Neste ano, a situação se repete, com o prefeito escolhendo o atual vice, Beto Piteri (PSDB), para a corrida eleitoral.

As adesões ao grupo de Gil são outra semelhança, naquela que foi uma eleição histórica na cidade. A disputa foi a primeira em décadas em que o poder de Furlan foi desafiado para valer. Antes, Gil havia sido eleito duas vezes, sempre com apoio do atual prefeito. Dois anos antes da disputa eleitoral, porém, os dois romperam, tornando a eleição a mais equilibrada do município desde os anos 1980.

Sabendo do desafio que era enfrentar o poderio de Furlan, Gil começou a costurar alianças com vários partidos políticos, em especial por meio da articulação com deputados estaduais que eram colegas dele na Alesp (Assembleia Legislativa).

Esse movimento permitiu que novas siglas entrassem no grupo e, ao mesmo tempo, vereadores. Exatamente como neste ano.

Busca por legendas

Desde que anunciou que estaria de volta à disputa eleitoral ainda em 2022, o ex-prefeito começou a buscar o apoio de legendas, em uma guerra travada nos bastidores com o grupo de Furlan. Conseguiu a adesão de alguns como PDT, PRD, PP, Solidariedade, PL, Avante e União Brasil. . Essa quantidade de siglas motivou a saída de alguns vereadores.

Do lado de Furlan, o prefeito conseguiu manter siglas fortes como Republicanos, partido do governador Tarcísio de Freitas, o PSDB, PV e teve a chegada de PSB e PT, numa curiosa coligação que vai da direita à esquerda.

A questão nessas coincidências é se a principal das semelhanças se repetirá: com os novos aliados, Gil conseguirá se eleger novamente, ou Furlan emplacará Beto Piteri e interromperá o déjà-vu?

Adesão significa lealdade?

A saída de vereadores do governo Furlan tem levado a discussões acirradas entre os políticos durante as sessões da Câmara Municipal, com acusações de traição e de que alguns se venderam para sair da gestão.

Até outubro

No entanto, até onde vai essa briga? Até outubro. Pelo menos é o que indica a história da última eleição acirrada em Barueri.

Em 2012, foram eleitos 11 vereadores pelo grupo do então prefeito Gil Arantes (na época do DEM) e outros dez eram aliados de Furlan e apoiaram Carlos Zicardi, ambos no MDB. Porém, o que seria uma Câmara dividida, com metade dos vereadores na oposição, não se realizou.

Antes mesmo de Gil assumir a caneta, todos os parlamentares migraram para o governo, com exceção de um: o único que ficou na oposição foi Toninho Furlan, irmão do prefeito Rubens Furlan. A lógica é que para o mandato funcionar, é preciso estar próximo do governo.

A tendência é o cenário se repetir e a divisão no legislativo dependerá de quem será o futuro prefeito. A não ser que haja uma grande renovação nos vereadores da Casa, com nomes de fora dessas duas famílias. 

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