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Votação de projeto mostra base de Rubens Furlan mais dividida

Seis legisladores se opõe a governo, pode haver mais baixas até eleição 

01 Mar 2024 - 08h23   atualizado em 02/12/2025 às 09h52
Votação de projeto mostra base de Rubens Furlan mais dividida

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Após mais de três anos de pura tranquilidade na Câmara de Barueri, o prefeito Rubens Furlan (PSB) vê a base aliada mais fragmentada a oito meses da eleição.

Na terça-feira (27), legisladores pediram vista a um projeto de lei sobre o cargo de agente de desenvolvimento infantil. O projeto seguiu o indicado pelo governo, mas não foi o rolo compressor natural da Casa, onde é comum que os projetos sejam aprovados sem discussão.

Ao menos seis legisladores foram favoráveis a não votar a proposta para ter mais tempo para avaliar o projeto. No final, a lei foi aprovada, mas com cinco abstenções.

A cena indica que a base de Furlan para as eleições tende a ser menor do que os atuais 19 que, em tese, estão com o gestor. O prefeito apoia a pré-candidatura do vice, Beto Piteri (PSDB) para sucedê-lo, enquanto parte dos vereadores cogita migrar para o lado do ex-prefeito Gil Arantes (União).

Além deles, o vereador Fabião (PSDB) também pretende concorrer à prefeitura e para isso pretende migrar para o MDB.

Nesse contexto, apenas Leandrinho Dantas (PRTB) e Zé de Melo (Republicanos) já declararam apoio a Gil. Porém, nos próximos dias deve ficar mais claro quem mais fará parte da aliança.

Além de Fabião, Leandrinho e Zé de Melo, os vereadores Wilden (PRD), Helio Júnior (PL) e Tânia (União) também foram favoráveis ao pedido de vistas durante a sessão - pedido que foi feito por Helio Júnior. Apesar da possibilidade de saída da base, havia também a pressão por conta do protesto de educadoras, que eram contra a proposta da forma como foi apresentada.

A instabilidade na base de Furlan ocorre em meio a chegada da janela que permitirá a troca de partidos, que será aberta a partir da próxima semana. Os vereadores estão discutindo em qual legenda conseguirão mais espaço e onde será mais estratégico estar para tentar a reeleição. Nesse sentido, há siglas que estão com Furlan e outras com Gil. Logo, trata-se de sobrevivência escolher o partido certo.

Embate

A oposição criticou o projeto. Fabião usou a tribuna para elencar os motivos para ser contrário. Afirmou que o projeto desvirtua as atribuições do caro, porque insere nelas atividades que são inerentes a um professor de inclusão. "Traz mais responsabilidades a quem não são reconhecidas como docentes. Traz prejuízos aos alunos e traz um risco a essas profissionais pois nem todas têm qualificações acadêmicas para cumprir esse papel", disse o político.

Vereadores da base do prefeito afirmam que era necessário aprovar o projeto nesse momento para aprimorá-lo depois, e que as mudanças foram necessárias por conta de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, que derrubou a legislação anterior. Sem a votação, alegam que as profissionais receberam um salário menor.

"Nós aprovamos aqui o enquadramento das ADIs, e esse enquadramento infelizmente foi derrubado pelo poder judiciário", afirmou Allan Miranda (PSDB), que acusou haver interesse político na manifestação feita na Casa e que as profissionais contrárias não querem prestar auxílio às crianças com deficiência, o que está previsto no texto.

"Acredito que temos de votar do jeito que está para beneficiarmos a maioria da classe que realmente se compromete com a educação."

Decoro

O clima ficou tão quente que Helio Júnior (PL), inclusive, discutiu com o vereador Levi Jânio (Avante). Levi acusou Helio de chamá-lo de lixo e disse que pedirá a abertura de um processo por quebra de decoro. O presidente da Casa, Toninho Furlan (PDT) pediu para que Helio se retratasse, mas ele se recusou, dizendo que Levi já fez o mesmo com outros parlamentares. 

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