A indústria automotiva atualmente sente os impactos da pandemia. Tanto a desaceleração dos trabalhos nas montadoras, quanto a dificuldade financeira dos possíveis clientes, impactaram a implantação de novos modelos no mercado e o número de vendas – tudo isso porque medidas de isolamento social afetaram o comércio como um todo.
As concessionárias, responsáveis pelo maior contato com o público, foram as principais desse mercado que precisaram se reinventar para continuar lucrando. Algumas das medidas tomadas por conta do coronavírus, apesar de antes serem incomuns, tendem a continuar recebendo procura dos compradores, mesmo depois que a situação da saúde mundial for normalizada.
Atendimento e compra online
A primeira coisa que os varejistas procuraram quando foi necessário abaixar as portas foi uma forma de não perder o contato com o cliente. A solução imediata foi optar pelo WhatsApp, ferramenta presente na maioria dos celulares dos brasileiros. Por lá, passaram a dar o primeiro auxílio ao cliente e agendar horário para atendimento presencial exclusivo, para evitar aglomerações.
Mas só isso não foi suficiente. Os processos de venda como um todo tiveram de ser reinventados, e as grandes marcas mostraram soluções. A BMW, por exemplo, inaugurou sua primeira loja no marketplace do Mercado Livre no início de maio.
O foco, nesse caso, é anunciar com detalhes todos os carros à venda, novos, seminovos e usados. Eles saem com nova garantia da fabricante, limite de quilometragem, tempo de vida e algumas opções repaginadas. Também são oferecidas, em parceria com o Mercado Livre, unidades de motocicletas da marca, as BMW Motorrad.
No site, é possível consultar o modelo, falar com funcionários da marca e realizar até a última etapa da compra. Esse processo oferece mais conforto ao cliente, e as expectativas são de que a plataforma aumente ainda mais sua popularidade depois da pandemia, com a economia mais equilibrada.
Test-drive a domicílio
Para comprar, é necessário testar. Esse é o pensamento do consumidor, que precisa sentir o carro no test-drive antes de chamá-lo de seu – perfil que configura a grande maioria dos brasileiros.
Dessa maneira, pouco adiantaria oferecer a opção de comprar online se o contato com o automóvel é essencial na decisão do cliente. Foi aí que mais uma diferença surgiu: o test-drive a domicílio, no qual o vendedor vai até a casa do consumidor com o veículo.
Esse novo serviço já utilizado por diversas concessionárias durante a pandemia pode ter custos extras e ser um atendimento de luxo depois do coronavírus, mas também deve seguir sendo requisitado.
Desinfecção do veículo
O medo da contaminação da Covid-19 trouxe hábitos saudáveis de higiene que vieram para ficar, e com os veículos não é diferente. Ao observar isso, uma das marcas a oferecer o serviço de desinfecção de carros foi a Ford. A limpeza, interessante para motoristas de aplicativo ou para quem adquiriu um carro usado, custa R$ 129.
No processo, o veículo é lavado e depois aplica-se um poderoso desinfetante de uso hospitalar em 50 pontos diferentes do carro – em especial, os que entram mais em contato com as mãos. Trata-se de um desinfetante de aplicação hospitalar desenvolvido pela 3M. Segundo a montadora, ele não agride partes cromadas do veículo e também não causa danos a plástico, couro e tecido.
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