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Enquanto as cidades da região ainda enfrentam dificuldades para aumentar a representatividade feminina na política, a cúpula dos partidos políticos em Barueri e Santana de Parnaíba revela que a ausência de mulheres nos principais cargos pode ser consequência da falta de lideranças femininas nas legendas.
Por outro lado, as direções dos partidos em ambos os municípios contam com 35% de representantes femininas, superando a presença nos legislativos, mas ainda longe da igualdade. O problema, no entanto, é que elas estão majoritariamente ausentes nos cargos de maior liderança. De 30 direções partidárias ativas registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apenas duas são presididas por mulheres, enquanto 28 são comandadas por homens.
Esses dados foram levantados pela Folha de Alphaville na plataforma do TSE, que reúne informações sobre os membros das executivas municipais de Barueri e Santana de Parnaíba.
Esse cenário reflete a realidade nacional. Uma reportagem da Globo News revelou que os 10 principais partidos com maior representação na Câmara dos Deputados têm menos de 30% de presença feminina nas executivas nacionais.
No mês dedicado às mulheres, é comum discutir a falta de sua presença nas prefeituras e nos legislativos. No entanto, a escassez de mulheres no comando das legendas também pode ser um fator significativo.
Em Barueri, das 136 pessoas que compõem as direções dos partidos, 52 são mulheres — quase 40%. No entanto, apenas o PSOL é presidido por uma mulher no município, Rose Soares, enquanto as outras 16 legendas são comandadas por homens. Além disso, apenas quatro siglas possuem mais mulheres do que homens nas suas direções.
Situação semelhante ocorre em Santana de Parnaíba. Lá, as mulheres representam apenas 30% dos 108 membros das direções partidárias. Apenas o União Brasil tem uma mulher no comando, Fátima Muro.
