Mercado imobiliário deve voltar a crescer em 2019, aponta presidente da Fenaci
Confiança dos investidores e mudança no governo são apontados como situações favoráveis ao segmento
Mesmo com as dificuldades do ano passado, que se prolongam desde 2014, o segmento imobiliário deve encontrar um mercado fértil para voltar a registrar elevados níveis de crescimento. A afirmação é do presidente da Federação Nacional dos Corretores de Imóveis (Fenaci), Joaquim Ribeiro.
De acordo com o presidente, a projeção de especialistas e executivos para a taxa Selic nos próximos meses deve ser semelhante a registrada pelo Banco Central em dezembro, de 6,5% a.a, com inflações também em níveis abaixo da média. Além disso, estimativas apontam que o IPCA de 2018 deverá fechar em 3,91%, prevendo que que em 3,36% em 2019. "O setor de imóveis tem tudo a ver com o desempenho da economia, e a confiabilidade por parte de investidores e compradores, que andou muito em baixa nos últimos anos, dá sinais de que está sendo retomada", disse Joaquim. " O mercado imobiliário tem-se mostrado bastante otimista em relação a 2019, em boa parte por conta do novo governo e sua equipe econômica, que promete destravar os nós na área dos negócios", acrescentou.
Ainda segundo o presidente da Fenaci, a expectativa de mudanças trazida pelo novo governo já se tem traduzido em sinais de recuperação no âmbito da construção civil, com mais lançamentos e vendas. Pesquisa do portal FipeZap mostra que uma combinação de preços razoáveis, juros mais baixos e renda familiar em recuperação tem favorecido o acesso à casa própria nos últimos meses.
No levantamento, verificou-se ainda que nos últimos 12 meses, os compradores que pretendiam utilizar o imóvel como moradia subiu de 57% para 66%. Além disso, o percentual de transações com descontos passou de 63% do total dos negócios em julho de 2017, para 70%, em agosto de 2018.
Ampliação do crédito
"É necessário que em 2019, além da busca contínua de redução das taxas de juros, se dê continuidade ao aprimoramento e ampliação do crédito imobiliário, que no Brasil significa tão-somente 9,8% do PIB, sendo 70% do financiamento para a produção e aquisição de imóveis atendidos pela Caixa Econômica Federal", finaliza Ribeiro.