CEF deve lançar nova linha de crédito para financiamentos em março
Segundo o presidente da instituição, o novo modelo terá taxa de juros fixas
Boas-novas para quem quer comprar um imóvel neste ano. Isso porque, em março, a Caixa Econômica Federal (CEF) deve lançar uma linha de crédito para financiamento imobiliário com uma taxa de juros fixa. A novidade foi anunciada no dia 2 por Pedro Guimarães, presidente do banco.
Com esta nova condição, os clientes poderão fazer um contrato de financiamento com a instituição sem nenhum tipo de correção como a Taxa Referencial (TR) ou a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)."Com esta nova condição será possível contratar o crédito imobiliário de 30, 35 anos, e saber quanto que você vai pagar pelos próximos 30 a 35 anos. Acreditamos que, a partir de março, quando lançaremos este novo crédito imobiliário, isso vai multiplicar", afirmou Pedro Guimarães.
Ainda de acordo com o presidente da Caixa, o banco manterá a política de repassar aos clientes as reduções promovidas pelo Banco Central na taxa básica de juros do país, a Selic. "Qualquer diminuição no Banco Central implica em redução tanto no cheque especial, quanto no rotativo do cartão, no CDC e no crédito imobiliário", destacou.
Outros tipos de financiamentos
Atualmente, a Caixa Econômica Federal conta com dois tipos de linha de crédito para financiamento imobiliário: uma com correção pela Taxa Referencial (TR) e outra pela inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Esta última foi lançada em agosto do ano passado.
Atualmente a taxa para quem escolhe o financiamento por IPCA é de 2,95% a 4,95% ao ano. A modalidade é válida para aqueles que forem adquirir imóveis novo ou usado. Já para aqueles que optam pelo TR, a taxa efetiva mínima é de 6,50% ao ano.
Segundo a advogada Daniele Akamine, sócia da Akamines Negócios Imobiliários e especialista em Economia da Construção Civil, o indexador por IPCA pode ser positivo para situações de financiamento específicas, geralmente de até cinco anos."Nas operações mais longas, por conta da imprevisibilidade em relação à variação, o mais recomendável é adotar a Taxa Referencial (TR), modalidade predominante no mercado", destacou.