Para segurança de alunos, escolas têm câmeras e apoio psicológico
Ações se dão no âmbito da vigilância, com videomonitoramento e nas dimensões psíquicas e afetivas
A tragédia que aconteceu na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, Grande São Paulo, na última semana, onde um adolescente e um homem mataram sete pessoas, sendo cinco alunos e duas funcionárias, trouxe à tona, mais uma vez, o debate sobre a segurança nas escolas brasileiras. Nas unidades educacionais de Alphaville, os gestores apresentam estrito controle das dependências dos locais e também um plano para acompanhar o comportamento dos estudantes.
Na Escola Fernão Gaivota - Maple Bear Aphaville, os gestores de educação e os responsáveis pela vigilância têm o acesso às imagens de 30 câmeras, que operam 24 horas. Os vídeos também podem ser acessados, remotamente, por celular ou computador pelos funcionários da segurança.
A entrada e saída dos alunos é regrada por portarias diferenciadas, conforme o ano letivo dos estudantes. "Os alunos do Fundamental II e Ensino Médio podem almoçar fora da escola, pois estes segmentos têm atividades em período integral, porém, somente deixam a unidade com autorização prévia do responsável", informou a escola em nota.
A Unidade do Anglo Alphaville também conta com um sistema de viodemonitoramento. Segundo a escola, seguranças e monitores controlam entrada e saída minuciosamente dos estudantes e os carros dos responsáveis possuem também placas de identificação para entrar no colégio.
Comportamento
De acordo com especialistas, a agressividade no ambiente escolar é reflexo da violência na sociedade e é necessário que seja tratada com maior cuidado. "A escola, as famílias, os governos precisam tratar a cultura de paz como política de Estado. Esse debate deve ser levado para a sala de aula", explica o pesquisador Evaldo Pauly, membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, estudioso do assunto.
Para tratar do assunto e evitar traumas entres os alunos, que podem ser motivadores de tragédias, as unidades escolares da região afirmam promover espaços de diálogo e partilha, procurando debater assuntos como o suicídio, depressão, o bullying, gordofobia e drogas. "As dores e os dilemas típicos dos adolescentes, principalmente, são compreendidos e tratados com atenção e responsabilidade. Debates e orientações já são parte de nosso cotidiano escolar", informou o Anglo.
Além da conversa com os alunos, os colégios contam com o apoio de psicólogos e psicopedagogos. "Quando falamos de segurança, nos referimos também a algo que vai além dos limites físicos de uma escola, mas especialmente de um cuidado com as dimensões psíquicas e afetivas de seus alunos e educadores", disse a Escola Castanheiras, em nota.
Rede municipal
Na última semana, a Prefeitura de Santana de Parnaíba fez a inauguração da Central de Monitoramento na Secretaria da Educação, que está disponibilizando imagens de 1000 câmeras em 68 colégios municipais. Se identificada alguma atividade suspeita, a Ronda Escolar será acionada pelos gestores.
De acordo com a Prefeitura de Barueri, todas as unidades educacionais estão equipadas com câmeras de videomonitoramento, sendo controladas por uma central 24 horas. Os equipamentos fornecem imagens das principais dependências das escolas.