A saída do prefeito de Barueri, Rubens Furlan, do PSDB, amplia o cenário de desidratação da legenda, que vem perdendo força na região oeste da Grande São Paulo, num reflexo da crise nacional que a sigla vive desde a última década. Nas eleições de 2020, a sigla saiu com quatro prefeituras: Barueri, Carapicuíba, Santana de Parnaíba e Jandira. Metade desses gestores deixou a legenda.

No ano passado, Marcos Tonho trocou o partido pelo PDT, em saída articulada pelo ex-prefeito Elvis Cezar (PDT), que buscou uma nova sigla para disputar o governo do estado. Agora foi a vez do prefeito Rubens Furlan que disputou as eleições de 2016 e de 2020 pelos tucanos. Antes, Furlan estava no MDB, e passou por outras legendas durante os 45 anos de vida pública.

Restam na sigla o prefeito Marcos Neves, de Carapicuíba, e Doutor Sato, de Jandira, cujas filiações ocorreram nos últimos anos, com pouca história na legenda. Os dois devem ser cortejados por partidos no entorno do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que derrotou Rodrigo Garcia (PSDB) no ano passado, encerrando 28 anos dos tucanos à frente do governo do estado.

Região

A mudança no cenário regional ocorre após mudanças nas principais lideranças históricas que construíram o partido. O PSDB tinha o principal foco em Osasco até a morte do deputado estadual Celso Giglio, em 2017. Sem ele e com a chegada de Furlan, Barueri se tornou o centro do partido na região. Agora, o futuro é incerto para a sigla. Porém, a legenda segue com a deputada federal Bruna Furlan (PSDB) como liderança importante no estado.