39,5% dos PLs dos vereadores reeleitos tratam de nomes de rua, títulos e datas
Em Barueri e Parnaíba, 20 vereadores conseguiram manter suas vagas
De acordo com um levantamento realizado pela reportagem, na quinta-feira (17), os vereadores reeleitos na região somam 290 projetos de lei. Os dados consideram o período do último mandato (2017-2020) nas cidades de Barueri (198 PLs) e Santana de Parnaíba (92PLs).
Durante a campanha, os parlamentares afirmaram à Folha de Alphaville que não temiam a renovação porque a população avalia o trabalho ao longo da legislatura, ou seja, o desempenho. Neste ano, considerando o legislativo dos dois municípios mencionados, foram registrados 48 projetos de lei, destes, 19 eram sobre denominações, ou seja, 39,5% do total se referem a nomes de rua, títulos e datas.
Em Barueri, dez vereadores seguirão na Casa. De 21 cadeiras, 11 vagas serão ocupadas por novos nomes. 2020 No geral, os parlamentares reeleitos apresentaram 90 PLs. Na lista dos veteranos, Rodrigo Rodrigues (PSC), Wilson Zuffa (Republicanos), Toninho Furlan (PDT), Allan Miranda (PSDB), Fabião (PSDB), Reinaldo Campos (PTB), Rafa Gente da Gente (DEM), Kascata (PSL), José de Melo (Republicanos) e Robertinho Mendonça (SD). O Rafa Gente da Gente foi o que apresentou o maior número de PLS, segundo consulta junto ao site do legislativo; já José de Melo, a menor quantidade, apenas dois.
Parnaíba
Na cidade de Santana de Parnaíba foram 198 projetos. Serão, de 17 vagas, sete novos vereadores. Entre os parlamentares que se reelegeram: Hugo Silva (DEM), Alemão da Banca (Avante), Enfermeira Nelci (PL), Adalto Pessoa (PSDB), Kadu da Farmácia (Republicanos), Gino Mariano (PSDB), Nilson Cadeirante (PODE), Agnaldo Moreno (PSD) e Angelo da Silva (PTB). Alemão da Banca lidera em relação aos PLs apresentados, foram 20. Sabrina Colela, a vereadora mais votada 2.526, contabilizou 12.
A especialista
Na avaliação da cientista política da USP, Hannah Maruci Aflalo, existe a tendência de elaboração de projetos que não tenham efetividade nas políticas públicas, mas a questão não pode ser generalizada. "Precisa ser questionada a representantividade, se os parlamentares estão produzindo leis que façam diferença na vida da população", explicou.