Quinta, 21 Novembro 2024

Política

Parlamentares pedem critério para reabertura de serviços

Política

Parlamentares pedem critério para reabertura de serviços

Em meio à escalada de mortes por Covid-19, decreto de Bolsonaro gera polêmica 

Em reunião virtual do Comitê Empresarial Econômico, governador do Estado de São Paulo, João Doria, diz que não haverá mudanças até 31 de maio. (Foto: Governo do Estado)

Na segunda-feira (11), o presidente Jair Bolsonaro ampliou, por decreto, a lista de atividades essenciais à economia, incluindo academias, salões de beleza, cabeleireiros e barbearias no rol de estabelecimentos que podem voltar a funcionar em meio à quarentena determinada pelos governos dos Estados para combater a pandemia de Covid-19. 

A iniciativa despertou reação das autoridades estaduais em meio à escalada da disseminação do novo coronavírus - por dia, quase mil pessoas estão morrendo em todo o país por conta da doença. 

A maior parte dos governadores já disse que não vai seguir o decreto, incluindo o mandatário de São Paulo, João Doria (PSDB). "Até o dia 31 de maio, nenhuma modificação será feita na quarentena de São Paulo", afirmou ele na quarta (13). 

Alinhados ao prefeito Rubens Furlan (PSDB), que por sua vez é um grande apoiador de Doria, parlamentares da região ouvidos pela Folha de Alphaville têm opiniões distintas sobre a medida. 

"Cada município tem que definir o que é viável e pode funcionar. No caso de academias e salões de cabeleireiro eu acho até que dá para funcionar, mas precisa de alguns cuidados e critérios na forma de trabalhar, sem aglomeração" disse o vereador Chico Vilela (PTB). 

"Se começar a abrir com bastante rigor, e todo mundo respeitando as regras, não vejo grandes problemas", diz o presidente do legislativo barueriense, Fabião (PSDB). "Neste momento não é o ideal, mas acho que o lugar com mais aglomeração hoje é o supermercado. Uma hora a vida vai ter que voltar ao normal", afirma. 

Já o deputado estadual Cezar (PSDB) diz que, para proteger a economia sem colocar em risco a saúde dos cidadãos, "devemos seguir o exemplo de países da Europa e Ásia". Para ele, é preciso "investir em outras medidas de auxílio à economia e apoio social", afirma. 

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