Eleições 2022: Lula e Alckmin se unem para tentar vencer Bolsonaro
Aliança política entre o ex-governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB) e o ex-presidente Lula (PT) foi firmada nesta sexta-feira (8), em encontro em um hotel na Capital
Conforme antecipado em fevereiro pela reportagem da Folha de Alphaville, a aliança política entre o ex-governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB) e o ex-presidente Lula (PT) foi firmada nesta sexta-feira (8), em encontro em um hotel na Capital.
Na cerimônia de apresentação de Alckmin como nome do PSB para compor como vice a chapa de Lula à Presidência da República, eles ressaltaram a necessidade histórica de união das forças progressistas para fazer frente ao momento político que o Brasil vive e reforçaram o compromisso de ambos com a democracia e a reconstrução do Brasil.
A indicação será analisada pelo PT e demais partidos que comporão a aliança em torno de Lula. O ex-presidente disse ter certeza de que o nome do ex-governador será aprovado pelo partido e que a união entre eles é uma demonstração de que é plenamente possível duas forças com projetos diferentes, mas princípios iguais se unirem num momento que é de interesse do Brasil.
"O selamento desse acordo, dessa proposta, é uma demonstração do esforço na perspectiva de construir o melhor da política brasileira para que a gente possa ganhar essas eleições de 2022. Eu queria estabelecer um critério de relação com Alckmin. Daqui para frente você não me trata como ex-presidente e eu não te trato como ex-governador. Você me chama de companheiro Lula e eu chamo você de companheiro Alckmin", disse Lula.
Alckmin agradeceu a confiança do PSB e disse que o momento não é de egoísmo, mas de grandeza política para reconstrução do Brasil. Segundo ele, a política não é arte solitária, mas de somar esforços pelo bem do país. Segundo ele, o Brasil hoje atenta contra a democracia e contra as instituições e vive uma autocracia cujo resultado é a maior crise das últimas décadas, com violência, fome e desemprego.
Ao se referir à disputa eleitoral, Alckmin criticou a atual gestão de Jair Bolsonaro (PL) como "um governo que atenta contra a democracia e as instituições".