Cotado para fusões, PSDB pode embaralhar jogo político na região
Partido pode se unir ao PSD de Gilberto Kassab, sigla que hoje é comandada pela oposição em Parnaíba e Barueri
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Enfrentando uma crise nos últimos anos, com a redução do tamanho da bancada na Câmara dos Deputados, a perda do governo do estado de São Paulo e a saída de diversas prefeituras, o PSDB estuda uma fusão com outras legendas, uma federação ou até mesmo ser incorporado por outros partidos para voltar a ter protagonismo.
Caso as conversas avancem, a tendência é embaralhar o cenário político na região, onde a sigla segue alinhada aos atuais prefeitos, mesmo após perder protagonismo com as saídas do prefeito de Parnaíba, Elvis Cezar (Republicanos), em 2022, e de Rubens Furlan (PSB), em 2023.
Uma das conversas em andamento é com o PSD, de Gilberto Kassab, secretário de governo da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos). O PSD foi uma das legendas que mais cresceu nos últimos anos e terminou 2024 como a sigla com mais prefeituras no Brasil.
Kassab tem boa relação com a maioria dos gestores, mas tanto em Barueri quanto em Parnaíba, o partido hoje está ligado à oposição. No caso parnaibano, o PSDB está na base de Elvis, enquanto o PSD é a sigla de Silvinho Filho, que disputou contra o atual prefeito nas eleições do ano passado.
Na Câmara Municipal, PSDB e PSD contam com duas cadeiras cada um.
Barueri
Em Barueri, a situação é semelhante. Enquanto o PSDB segue na base de Beto Piteri e conta ainda com a deputada estadual Bruna Furlan, o PSD barueriense é presidido por Antonio Arantes, filho do ex-prefeito Gil Arantes (União), que enfrentou Beto nas eleições de 2024. No legislativo municipal, são dois vereadores tucanos e um do PSD.
A chance de fusão foi confirmada esta semana pelo presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, que indicou ainda o desejo de que o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, dispute a presidência em 2026. O presidente estadual, Paulo Serra, também esteve reunido com Kassab esta semana.
Apesar do namoro, outras siglas também estão na mira dos tucanos. O MDB e o Podemos são legendas que conversaram nos últimos meses sobre uma possível fusão ou federação. No caso, ambas as siglas também fazem parte das bases de Elvis e Beto Piteri, o que facilitaria uma aliança na região.