Com projeto, mulheres podem perder representatividade na região
Líderes de partidos na Câmara Federal tentam reduzir de 30% para 10% percentual obrigatório de candidatas
As Câmaras Municipais de Barueri e Santana de Parnaíba correm o risco de perderem a participação feminina. Atualmente há apenas duas mulheres em Parnaíba, de um total de 17 vagas, ou seja a representatividade é de 11,76% e nenhuma em Barueri, onde as 21 cadeiras são ocupadas por homens. Mas, a situação pode piorar.
Com a proibição da coligação partidária nas eleições de 2020, somada a dificuldade para preencher cotas de candidatas mulheres, líderes de partidos na Câmara discutem abrandar as regras para a disputa do ano que vem.
Para entrar em vigor em 2020, quando serão escolhidos novos vereadores e prefeitos, as medidas precisam ser aprovadas até o início de outubro.
Santana de Parnaíba
A vereadora de Santana de Parnaíba, Sabrina Colela (PSC), que vai disputar as eleições do próximo ano, não concorda com a proposta. Na avaliação dela, a diminuição na cota da participação feminina na composição das chapas, irá enfraquecer e desestimular ainda mais o engajamento das mulheres na política. "Mecanismos deveriam ser criados para nos estimular, a montagem dos partidos muitas vezes favorece apenas os homens, dando pouco espaço para o público feminino", disse. "A participação da mulher na política é de extrema importância, onde espero que cada vez mais, nós mulheres possamos ocupar cargos eletivos pelo país", concluiu.
Sistema Eleitoral
Além da discussão sobre as mudanças nas regras para as mulheres, a ideia, de acordo com conversa de bastidores de deputados, presentes em reunião com o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM), é de a Câmara voltar a debater mudanças na forma de se eleger deputados e vereadores, com a implantação do sistema conhecido como "distritão".