Unidades compactas ganham adesões nos centros urbanos
Houve um crescimento de 91 % nos lançamentos de imóveis residências de até 45 m²
ro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que o número de pessoas que moram sozinhas em todo o país cresceu de 10,4% para 14,6%, no período de 2005 a 2015. Na pesquisa "Síntese dos Indicadores Sociais" do órgão, isso acontece porque a taxa de fecundidade despencou, houve a diminuição no número de filhos morando com os pais e pelo aumento nas situações de divórcios.
Ciente do novo cenário brasileiro e diante da alteração do perfil dos moradores, construtoras e incorporadores têm oferecidos novas alternativas para aqueles que já não desejam mais um imóvel com mais de dois quartos e um quintal para os filhos brincarem. Unidades compactas têm ganhado espaço no mercado imobiliário e, de acordo com o Departamento de Economia e Estatística do Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo (Sevovi-SP), houve um crescimento de 91% nos lançamentos de residências de até 45 m², entre janeiro a agosto de 2018, na comparação com o mesmo período no ano anterior.
Ideal para investidores, jovens, solteiros, idosos e até mesmo recém-casados e pequenas famílias, esse perfil de empreendimento se destaca por atender às necessidades dos usuários, ofertando um espaço sob medida. A localização também é outro ponto positivo para esses tipos de imóveis, pois, em geral, ocupam terrenos em bairros muito valorizados e próximos a serviços diversos, com transporte público também ao redor.
Observa-se assim, uma mudança no conceito de moradia entre as pessoas, que não tem mais como prioridade o tamanho do espaço onde vivem. A população tem desejado mais estar próximo dos afazeres diários, levando menos tempo nos deslocamentos para as atividades, mesmo que estejam em apartamento com metragem quadrada menor.
Compensação do tamanho
Os apartamentos possuem baixa metragem, chegando a até 25 metros quadrados, por exemplo, devido à localização onde são construídos. Isso acontece porque geralmente esses empreendimentos são erguidos em terrenos mais caros/valorizados, em grandes centros das cidades. Imóveis em regiões afastadas têm o valor menor, logo, costumam disponibilizar mais espaço.
Para compensar os moradores, algumas construtoras oferecem áreas compartilhadas. Nos apartamentos da incorporadora Vitacon, por exemplo, os prédios possuem um espaço coworking, academia, entre outras dependências, que são divididas entre as pessoas. A aposta da empresa é na criação de laços e vínculos entre os moradores.