Crédito imobiliário com recursos da poupança cresce 33% em 2018
Setor registrou primeira alta dos últimos três anos, afirma Abecip
Os financiamentos imobiliários com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) para aquisição e construção de imóveis cresceram aproximadamente 33% no ano passado na comparação com 2017. O montante na área chegou a R$ 57,4 milhões, sendo o primeiro aumento nos últimos três anos. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) na última semana.
Em dezembro de 2018, os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas do SBPE somaram R$ 6,05 bilhões. O resultado foi o melhor do setor nos últimos 44 meses, ou seja, também há mais de três anos a procura por financiamento não era tão alta.
O montante indica aumento de 24,1% em relação a novembro do ano passado. Comparando com dezembro do ano anterior, em 2017, corresponde a uma alta de 64,4%.
Nas modalidades de aquisição e construção, foram financiados 23,4 mil imóveis em dezembro de 2018, resultado 18,5% maior que o de novembro. Em relação a dezembro de 2017, houve alta de 60,9%.
Em 2018, foram financiadas aquisições e construções de 228,4 mil imóveis, alta de 30% em relação a 2017, quando 175,6 mil unidades foram objeto de crédito bancário.
Em dezembro de 2018, a captação líquida das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo alcançou os R$ 12,2 bilhões, o melhor resultado do ano. A evolução líquida foi inferior à registrada em dezembro de 2017 – com R$ 15 bilhões.
Mesmo assim, no ano de 2018, a captação líquida acumulou R$ 27,8 bilhões, com melhora expressiva em relação a 2017, quando a poupança captou R$ 14,8 bilhões em termos líquidos.
O saldo da poupança SBPE encerrou o ano de 2018 em R$ 618,1 bilhões, crescendo 9,7% em relação a dezembro de 2017 (R$ 563,7 bilhões).
Ranking
O Bradesco liderou o ranking de financiamento de aquisições e construções, com desembolso de R$ 15,121 bilhões. Na sequência, apareceram Caixa (R$ 13,264 bilhões), Itaú Unibanco (R$ 12,097 bilhões), Santander (R$ 10,170 bilhões) e Banco do Brasil (5,086 bilhões).