Domingo, 24 Novembro 2024

Imóveis

Cidades precisam se preparar para eventos climáticos, diz professor

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Cidades precisam se preparar para eventos climáticos, diz professor

Cioeste faz um estudo para apontar ações de enfrentamento à mudança climática

As enchentes no Rio Grande do Sul deixaram mais de 160 mortos e milhares de desabrigados (Foto: Maurício Tonetto/Secom)

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As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul acenderam um alerta para as mudanças e eventos extremos climáticos que podem atingir outras partes do país.

Segundo Índice de Vulnerabilidade Climática dos Municípios, lançado em novembro de 2023 pelo Instituto Votorantim e que mapeia os riscos climáticos de cada cidade brasileira, Barueri atingiu uma nota geral de 47.85, enquanto em Santana de Parnaíba chegou a 53.91. Para cada conjunto de indicadores foi atribuída uma nota de 0 a 100, sendo maior o valor quanto maior a vulnerabilidade.

Antônio Eduardo Giansante, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, explicou que a tendência é de aumento das inundações e deslizamentos em função dos eventos extremos que estão acontecendo com maior frequência.

"Os municípios precisam estar preparados para essa série de eventos, inclusive modificar a forma como projetam o sistema de abastecimento de água, o lançamento de esgoto, para que estejam mais adaptados a
essas mudanças climáticas e efeitos", explicou.

Em junho do ano passado, o Consórcio Intermunicipal da Região Oeste Metropolitana de São Paulo (Cioste) firmou uma parceria com o Euroclima para a realização de um levantamento das áreas de deslizamentos e de alagamentos em cidades que fazem parte do Consórcio e apontar ações de enfrentamento.

"Na área de Barueri e Santana de Parnaíba, o Cioeste está fazendo esse trabalho em parceria com a comunidade europeia para justamente estudar essas questões das mudanças climáticas. Por enquanto está focado em dois municípios mais para o Oeste. Esse estudo é feito com recurso da comunidade europeia para estudar tanto eventos de seca como de inundações e deve ser replicado para outros municípios", apontou.

Cidades-esponja
Diante dessas ocorrências, muito tem se falado sobre as cidades-esponja para diminuir os efeitos das enchentes. Segundo o especialista, elas têm um papel importante, pois busca aumentar a permeabilidade das cidades.

"Os municípios podem contribuir implantando pavimentos permeáveis, mais áreas verdes. Lembrando que essas são as soluções baseadas na natureza, mas é preciso associá-las com medidas estruturais", disse.

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