Ações ajudam na queda de taxas condominiais
Trocas de dispositivos e sistemas podem promover economia de até 70%
Diante da ainda tímida perspectiva de crescimento da economia do país para 2019, encolhimento do Produto Interno Bruto (PIB) e aumento da inflação, economizar é sempre uma prioridade para todos os brasileiros. Para muitos que moram em prédios, o valor da taxa condominial é um gasto com peso significativo no orçamento e, aparentemente, sem ter como reduzi-lo. Porém, o síndico ou a administradora podem tomar algumas medidas que ajudam a diminuir as despesas do condomínio e, assim, abaixar o preço da conta.
Segundo Roger Silva, diretor da Auxiliadora Predial, empresa de gestão condominial e negócios imobiliários, da arrecadação da taxa condominial, de 40% a 50% destina-se às despesas de folha, como salários e encargos. Com o consumo de água, luz, gás, telefone, gasta-se em média de 20% a 30%. Cerca de 15% vão para contratos de manutenção, elevadores, bombas e seguros. Já para despesas administrativas, bancárias, fundos de reserva e pequenos reparos, em torno de 10%. "Mas é possível reduzir esses gastos buscando alternativas capazes de gerar uma boa economia a curto, médio ou longo prazo", diz o especialista.
Entre medidas mais simples, Silva sugere a troca das lâmpadas comuns por lâmpadas de LED, que consomem bem menos energia, como também a instalação de sensores de presença. "Durante a noite, o síndico pode deixar apenas um elevador funcionando", acrescenta o diretor da administradora. Também para economizar no consumo de energia, mas com resultados a longo prazo, os prédios podem investir na instalação de painéis de captação de energia solar. "O retorno vem, em média, em sete meses. Mas a economia pode chegar a 70%", diz Silva.
Nos prédios onde ainda não há sistema de medição por unidade, o diretor da Auxiliadora Predial recomenda que o consumo de água pode ser reduzido por meio de campanhas de conscientização. "No entanto, estima-se que com a implementação desse sistema, o consumo geral de água pode sofrer uma queda de até 30%, o que justificaria um possível investimento nisso", defende Silva.
Reparos
Para condomínios construídos há mais tempo, é importante que haja uma agenda de obrigações de manutenções preventivas. "Eventuais obras de reparo não demandarão tanto dinheiro do condomínio se houver cuidado para evitar que pequenos problemas se transformem em uma encrenca enorme, o que pode acabar tornando necessário até reajustes no valor da taxa condominial", diz Silva.