Procon-SP aciona Google e Apple para apurar uso de dados do FaceApp
O FaceApp é desenvolvido pela Wireless Lab, que deixa explícita a possibilidade de utilizar dados pessoais para outras atividades
Na última semana, o FaceApp foi notificado pela Fundação Procon de São Paulo. Informações da Agência Brasil dão conta que Apple e Google, proprietárias das lojas virtuais, também devem esclarecer políticas de coleta, armazenamento e uso de dados de clientes.
"Informações divulgadas na imprensa afirmam que a licença para uso do aplicativo contém cláusula que autoriza a empresa a coletar e compartilhar imagens e dados do consumidor, sem explicar de que forma, por quanto tempo e como serão usados. E ainda, essas permissões não estão disponíveis em língua portuguesa", se posicionou o órgão em nota.
Para o Procon-SP, Google Play e Apple Store estariam endossando a controversa política de privacidade do FaceApp. Fernando Capez, diretor-executivo do órgão, manifestou ao G1 preocupação com o emprego posterior da imagem dos usuários por parte das empresas.
Na prática, o Procon-SP pretende que Apple e Google retirem tais cláusulas das lojas virtuais onde o aplicativo está hospedado. O FaceApp é desenvolvido pela Wireless Lab, que deixa explícita a possibilidade de utilizar dados pessoais para outras atividades.
"Usamos ferramentas de análise de terceiros para nos ajudar a medir o tráfego e as tendências de uso do serviço. Estas ferramentas reúnem informação enviada pelo seu dispositivo ou pelo nosso serviço, incluindo as páginas da web que visita", diz o texto institucional da política de privacidade do aplicativo.