O Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp) afirmou, em nota, que, nas últimas semanas, foi verificado um fluxo maior de pacientes com sintomas de gripe nos hospitais. O secretário municipal de Saúde Edson Aparecido confirmou que São Paulo passa por um surto de casos de gripe e que este aumento pode estar relacionado a uma nova variante da Influenza A, o vírus H3N2.

Em Barueri, a prefeitura informou que ainda não houve notificação de casos de H3N2, mas confirmou um aumento de casos de síndrome gripal, que se referem a situações mais simples, que não levam à internação.

De acordo com a gestão, no pronto-socorro central, o número de ocorrências atendidas de síndrome gripal passou de 153 no dia 1º de dezembro para 619 no dia 14, aumento de 304,57%. 

"Uma das medidas mais importantes é ir aos prontos-socorros só em caso de emergência. E se realmente precisar ir, evitar levar mais de um acompanhante para não haver aglomeração e aumento de contaminações. De preferência deixe o acompanhante esperando do lado de fora", disse o secretário de saúde, Dionisio Alvarez.

À reportagem, o infectologista Renato Grinbaum destacou que "entre os principais cuidados que devem ser tomados, além de tomar a vacina contra a gripe, é o uso de máscaras, lavagem de mãos e evitar aglomerações".

Vacina da gripe 

De acordo com Danilo Scheit Vieira Jr, diretor técnico da clínica AlphaImune, houve um aumento na procura pela vacina da gripe.

"Nesta época do ano, a procura pela vacina da gripe são da demanda de bebês com 6 meses de vida, que faz parte do calendário de rotina e em que o volume costuma ser pequeno. Considerando isso, houve uma procura aumentada em 100% do volume atual de rotina. Mas devido a indisponibilidade da vacina para janeiro em diante com certeza haverá uma demanda reprimida para 2022", afirmou.