Quatro cidades latino-americanas para conhecer antes que 2019 acabe
Cidades históricas, descobertas culturais ou aventureiras: como ir para lugares que ninguém ainda foi no continente
Com a variação do preço das passagens aéreas internacionais e a alta do dólar, os brasileiros descobriram há alguns anos que também podem explorar a América Latina.
Esse fenômeno fez com que Buenos Aires, na Argentina, famosa por suas semelhanças com as metrópoles europeias, e Lima, no Peru, pela história indígena do continente, se tornassem viagens recorrentes de brasileiros. Outros locais, como Cartagena, na Colômbia, e até mesmo Santiago, no Chile, foram ressignificados e ganharam um incremento no número de visitantes.
Sem falar nos destinos caribenhos, que nunca deixaram de fazer a cabeça dos turistas, como as praias da República Dominicana e do México e os destinos mais aventureiros, como a trilha de dias para se chegar à Machu Picchu, também no Peru. No entanto, a América Latina possui alguns destinos ainda pouco explorados e que, no entanto, oferecem contextos históricos, culturais, lazer ou aventura. Folha de Alphaville selecionou alguns deles para te ajudar no roteiro de uma viagem latino-americana mais alternativa.
Baracoa – Cuba
A ilha caribenha recebeu cerca de 3,5 milhões de turistas estrangeiros em 2017, segundo o governo do país. No mesmo ano, o Brasil teve a presença de 6 milhões de visitantes do exterior. Contando que caberiam 800 Cubas no território brasileiro, é de se considerar o crescimento do interesse das pessoas de outras nações pela pequena nação do Caribe.
Cuba está sempre associada a alguns sensos comuns, como os carros antigos rodando pelas ruas, os prédios velhos do período colonial de Havana e, claro, a revolução cubana que fez a fama de Fidel Castro, "Che" Guevara e outros revolucionários. Mas poucos sabem mais do que isso, fato que foi acrescido pelos preconceitos políticos.
Um dos locais pouco visitados da ilha, por exemplo, é Baracoa, cidade a 1.000 km da capital cubana, no extremo Oriente, na província de Guantánamo. Uma das cidades mais antigas das Américas, fundada em 1511 pelos espanhóis, e também a primeira cidade da ilha durante sua exploração, ela é hoje uma pequena comunidade de pescadores e agricultores que vivem nas cercanias.
Seu isolamento se deve principalmente à distância – cerca de 12 horas de carro saindo de Havana. A pequena cidade, porém, oferece hospedagens em casas de famílias cubanas e até um circuito gastronômico com pratos que vão de sushi ao churrasco americano.
Baracoa é famosa também por possuir um exemplar da cruz cristã que Cristóvão Colombo trouxe em uma das suas primeiras viagens ao continente, ainda em processo de descoberta. Hoje, ela está fincada em uma das praias da cidade. Para além dos interessados na história, é na região que fica uma das praias mais bonitas do país: a Maguana, de águas claras, areia branca e rodeada de coqueiros gigantescos.
Esse fenômeno fez com que Buenos Aires, na Argentina, famosa por suas semelhanças com as metrópoles europeias, e Lima, no Peru, pela história indígena do continente, se tornassem viagens recorrentes de brasileiros. Outros locais, como Cartagena, na Colômbia, e até mesmo Santiago, no Chile, foram ressignificados e ganharam um incremento no número de visitantes.
Sem falar nos destinos caribenhos, que nunca deixaram de fazer a cabeça dos turistas, como as praias da República Dominicana e do México e os destinos mais aventureiros, como a trilha de dias para se chegar à Machu Picchu, também no Peru. No entanto, a América Latina possui alguns destinos ainda pouco explorados e que, no entanto, oferecem contextos históricos, culturais, lazer ou aventura. Folha de Alphaville selecionou alguns deles para te ajudar no roteiro de uma viagem latino-americana mais alternativa.
Baracoa – Cuba
A ilha caribenha recebeu cerca de 3,5 milhões de turistas estrangeiros em 2017, segundo o governo do país. No mesmo ano, o Brasil teve a presença de 6 milhões de visitantes do exterior. Contando que caberiam 800 Cubas no território brasileiro, é de se considerar o crescimento do interesse das pessoas de outras nações pela pequena nação do Caribe.
Cuba está sempre associada a alguns sensos comuns, como os carros antigos rodando pelas ruas, os prédios velhos do período colonial de Havana e, claro, a revolução cubana que fez a fama de Fidel Castro, "Che" Guevara e outros revolucionários. Mas poucos sabem mais do que isso, fato que foi acrescido pelos preconceitos políticos.
Um dos locais pouco visitados da ilha, por exemplo, é Baracoa, cidade a 1.000 km da capital cubana, no extremo Oriente, na província de Guantánamo. Uma das cidades mais antigas das Américas, fundada em 1511 pelos espanhóis, e também a primeira cidade da ilha durante sua exploração, ela é hoje uma pequena comunidade de pescadores e agricultores que vivem nas cercanias.
Seu isolamento se deve principalmente à distância – cerca de 12 horas de carro saindo de Havana. A pequena cidade, porém, oferece hospedagens em casas de famílias cubanas e até um circuito gastronômico com pratos que vão de sushi ao churrasco americano.
Baracoa é famosa também por possuir um exemplar da cruz cristã que Cristóvão Colombo trouxe em uma das suas primeiras viagens ao continente, ainda em processo de descoberta. Hoje, ela está fincada em uma das praias da cidade. Para além dos interessados na história, é na região que fica uma das praias mais bonitas do país: a Maguana, de águas claras, areia branca e rodeada de coqueiros gigantescos.
Sucre – Bolívia
Capital constitucional da Bolívia – ainda que todos considerem La Paz pelo fato de ser a sede do governo –, Sucre é uma das cidades mais interessantes do país. Em primeiro lugar, pela sua história paralela à da região: ali, viviam os índios charcas, um dos poucos que não se sujeitaram ao império dos incas.
Em segundo lugar, foi palco não apenas do início da exploração colonial no continente, como também de um dos primeiros gritos por independência, em 1809. É considerada a primeira cidade da hoje Bolívia.
Para os turistas, vale lembrar que o centro de Sucre é considerado Patrimônio Cultural da Humanidade na categoria Urbanismo e Arquitetura, e é um dos principais locais de exploração de paleontólogos interessados em ossadas de dinossauros – o que abastece os museus locais, e possui um mercado de frutas e carnes que abastece boa parte da região ao redor. Além disso, possui um roteiro religioso enorme, com igrejas, oratórios e conventos hoje abertos ao público.
Coquimbo e La Serena – Chile
É comum que as cidades mais importantes do Chile fiquem perto umas das outras. É o caso, por exemplo, do balneário próximo a Santiago, que inclui as vizinhas Valparaíso e Viña del Mar. No caso de Coquimbo, a divisão é com o território de La Serena, ambos destinos importantes do Atacama.
Coquimbo e La Serena são lugares pouco explorados pelos turistas brasileiros, seja pelo pouco tempo para fazer uma viagem de cinco horas de carro (ou uma hora de avião) ou pelo desconhecimento do potencial turístico das cidades. As duas são, na verdade, paradas obrigatórias para quem se direciona de Santiago às cidades turísticas do deserto – Calama e San Pedro de Atacama.
Em Coquimbo, o local mais indicado para conhecer é o conjunto de praias chamado La Herradura, que lembra uma grande lagoa pela tranquilidade das águas e pelas vistas possíveis a partir dos dois mirantes que cercam o balneário. No beira-mar, uma extensa avenida acabou de ser inaugurada ligando a cidade com a região de La Serena, passando também pelo Fuerte Lambert, um edifício construído no século XIX durante a guerra do Chile e do Peru contra a Espanha.
"É o pôr do sol mais bonito que eu vi na vida", conta a psicóloga Ana Carolina Oliveira, que visitou o Chile nas férias do começo deste ano. "E incrivelmente as pessoas se surpreendiam que eu era brasileira e estava conhecendo a cidade deles", completa.
Em segundo lugar, foi palco não apenas do início da exploração colonial no continente, como também de um dos primeiros gritos por independência, em 1809. É considerada a primeira cidade da hoje Bolívia.
Para os turistas, vale lembrar que o centro de Sucre é considerado Patrimônio Cultural da Humanidade na categoria Urbanismo e Arquitetura, e é um dos principais locais de exploração de paleontólogos interessados em ossadas de dinossauros – o que abastece os museus locais, e possui um mercado de frutas e carnes que abastece boa parte da região ao redor. Além disso, possui um roteiro religioso enorme, com igrejas, oratórios e conventos hoje abertos ao público.
Coquimbo e La Serena – Chile
É comum que as cidades mais importantes do Chile fiquem perto umas das outras. É o caso, por exemplo, do balneário próximo a Santiago, que inclui as vizinhas Valparaíso e Viña del Mar. No caso de Coquimbo, a divisão é com o território de La Serena, ambos destinos importantes do Atacama.
Coquimbo e La Serena são lugares pouco explorados pelos turistas brasileiros, seja pelo pouco tempo para fazer uma viagem de cinco horas de carro (ou uma hora de avião) ou pelo desconhecimento do potencial turístico das cidades. As duas são, na verdade, paradas obrigatórias para quem se direciona de Santiago às cidades turísticas do deserto – Calama e San Pedro de Atacama.
Em Coquimbo, o local mais indicado para conhecer é o conjunto de praias chamado La Herradura, que lembra uma grande lagoa pela tranquilidade das águas e pelas vistas possíveis a partir dos dois mirantes que cercam o balneário. No beira-mar, uma extensa avenida acabou de ser inaugurada ligando a cidade com a região de La Serena, passando também pelo Fuerte Lambert, um edifício construído no século XIX durante a guerra do Chile e do Peru contra a Espanha.
"É o pôr do sol mais bonito que eu vi na vida", conta a psicóloga Ana Carolina Oliveira, que visitou o Chile nas férias do começo deste ano. "E incrivelmente as pessoas se surpreendiam que eu era brasileira e estava conhecendo a cidade deles", completa.
La Serena, ao contrário, é um destino turístico consolidado. Segundo o governo chileno, foi uma das cidades mais visitadas do país nos últimos verões não apenas pelas praias, mas pela maior oferta de hotéis, restaurantes, vida noturna e pontos turísticos. "A cidade herdou uma grande herança colonial que foi preservada. Quase todos os edifícios foram construídos há muito tempo", relata Ana Carolina, lembrando de pontos como a Igreja San Francisco de La Serena, construída há 400 anos, e a estação de trem.