7 destinos famosos que estão restringindo a entrada de turistas
Cidades como Veneza e Barcelona registraram um aumento expressivo de turistas nos últimos anos
O excesso de turistas têm prejudicado a vida dos moradores (e até dos próprios viajantes) que encontram uma estrutura insuficiente para comportar tantos visitantes.
Com o aumento da demanda, o preço de acomodações, passeio e refeições também se eleva, além das enormes filas e da degradação do meio ambiente, .
A resistência ao turismo tem crescido, e algumas cidades famosas pela preferência dos viajantes têm anunciado medidas para conter o alto fluxo de visitantes. A CNN reuniu alguns destinos que devem ser evitados, veja a lista:
Barcelona (Espanha)
De 2012 a 2016, Barcelona viu o número de turistas aumentar 25%, chegando a 34 milhões de visitantes. Moradores locais estão incomodados, e pichações anti-turistas têm aparecido com frequência.
Desordens durante e após festas, pessoas dormindo nas praias e preços dos aluguéis em alta são alguns dos motivos que fizeram o governo local criar uma lei para limitar o número de alojamentos disponíveis na cidade.
Veneza (Itália)
A cidade, mundialmente famosa pelos canais, recebe cerca de 30 milhões de turistas por ano. Por outro lado, a população local vem diminuindo, e alguns moradores afirmam que a insatisfação com o número de viajantes é um dos principais motivos.
Os venezianos têm pedido que a administração pública limite – ou até proíba – o fluxo de navios de cruzeiro que passam pelo canal de Giudecca, de onde é possível observar alguns dos pontos turísticos mais famosos da cidade, como Praça de São Marcos e o Palácio Ducal.
Santorini (Grécia)
Viagens para as ilhas gregas fazem parte dos sonhos de incontáveis viajantes mundo afora. Mas elas não têm capacidade física para comportar tanta gente que decide visita-las.
Em 2017, foram 2 milhões de viajantes, sendo 850 mil em navios de cruzeiro. O prefeito de Santorini decidiu limitar o número de turistas para 8 mil por dia, na tentativa de evitar que o excesso de visitantes cause danos irreparáveis à ilha.
Dubrovnik (Croácia)
A Croácia virou um dos destinos favoritos de quem visita o leste europeu, especialmente por causa de suas belíssimas praias e das construções medievais. Mas o excesso de turistas tem causado problemas.
A Unesco ameaçou retirar o status de Patrimônio Mundial da cidade por causa da superpopulação, e a administração pública respondeu limitar o acesso às muralhas medievais em 4000 pessoas por dia – em 2016, muitas vezes o número passava de 10 mil. O número de navios de cruzeiro que podem ancorar no porto da cidade também deve ser reduzido em breve.
Monte Everest (Nepal)
Os nativos do Nepal já reclamam faz tempo que o aumento no número de visitantes tem causado superlotações perigosas na maior montanha do mundo.
O número de licenças concedidas a alpinistas experientes já foi reduzido em 2015, mas outras restrições foram impostas há pouco: pessoas cegas, biamputados e alpinistas sozinhos não são mais permitidos, sob a alegação de reduzir acidentes e até mortes.
Taj Mahal (Índia)
Ser uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno tem suas desvantagens: os oito milhões de visitantes anuais do Taj Mahal fazem com que a experiência de visitar o mausoléu mais famoso do mundo não seja lá tão agradável quanto se espera.
O mármore branco da construção está amarelando, a poluição do Rio Yamuna e as pessoas que se aglomeram e se empurram nas filas têm feito as autoridades pensarem em alternativas para diminuir a frequência de visitantes.
Uma das ideias é limitar o número de ingressos baratos vendidos para turistas indianos. São 40 mil deles a cada dia, pagando cerca de R$2 pela entrada, enquanto os estrangeiros pagam cerca de R$50.
Machu Picchu (Peru)
Outra Maravilha do Mundo Moderno, a cidade pré-colombiana exige desde 2014 que estrangeiros contratem guias oficiais para fazer visitas. Mesmo assim, segundo os números de 2016, Machu Picchu registrou 4 mil visitantes diários, o dobro do recomendado pelo Unesco para preservar o local.
Desde julho de 2017, as visitas são limitadas a duas sessões diárias, das 6h da manhã ao meio-dia e do meio-dia às 17h30. Há quem diga que as restrições não são o suficiente para diminuir as superlotações e os danos ao patrimônio histórico, e novos limites podem ser sugeridos em breve.