Quinta, 21 Novembro 2024

Política

Vereadores de Barueri criticam secretários e afirmam haver boicote

Política

Vereadores de Barueri criticam secretários e afirmam haver boicote

Legisladores apontam interesse de membros do 1º escalão em disputar vaga na Casa nas próximas eleições 

“Tem muito secretário esquecendo de executar sua função”, afirma Alan Miranda. (Foto: Divulgação/Redes Sociais)

Para receber notificações da comunidade de Alphaville e região, inscreva-se em nossos canais no Telegram e WhatsApp

As eleições de 2024, que movimentam os bastidores em Barueri desde o ano passado, ganharam um novo embate. Vereadores da base do prefeito Rubens Furlan (PSB) acusaram na terça-feira (1º) secretários municipais de boicotar o trabalho dos parlamentares por conta da disputa do próximo ano.

Segundo eles, alguns dos membros do primeiro escalão querem conseguir uma vaga de vereador e, por conta disso, evitam atender os atuais integrantes do legislativo. Em tom de desabafo, os vereadores evitaram citar nomes, mas mencionaram que é mais fácil falar com o próprio prefeito do que ser atendido por alguns desses secretários. Além disso, citam que a falta de atendimento às demandas pode gerar desgaste ao grupo para a disputa eleitoral do próximo ano, quando Furlan pretende lançar o vice-prefeito Beto Piteri (PSDB) contra o ex-prefeito Gil Arantes (União).

A fala mais contundente foi do vereador Allan Miranda (PSDB), que criticou a exigência de laudos para pessoas com deficiência comprovada para a busca de serviços na prefeitura. "Tem muito secretário que está preocupado em ser candidato a vereador e acabam esquecendo de executar sua função", disse. Allan citou projetos de lei que já foram aprovados, mas que não são executados pela falta de atuação desses gestores, o que os deixa com 'cara de tonto'.

"É uma coisa muito difícil. A lei não é executada, porque o cara que está lá para executar, não quer, porque quer o seu lugar", afirmou na tribuna. "Deveríamos ser um grupo unido, mas não. Há vaidade pessoal e busca pelo poder acima dos interesses do povo. Quem perde é a população."

Ele citou ainda o risco de esses secretários estarem atendendo apenas apoiadores, tom que foi seguido por outros parlamentares como Rafa Carvalho (União). "Quer vir candidato? Legal. Então já sai agora para não usar a estrutura da secretaria", defendeu Rafa. "Porque acaba coagindo os funcionários, que não conseguem trabalhar com qualidade nem liberdade."

Legislação

Pela legislação, secretários municipais podem seguir no cargo até o mês de abril de 2024, seis meses antes da votação em primeiro turno, que será no começo de outubro.

O único secretário citado foi Professor Carlinhos, da pasta da Pessoa com Deficiência, em um discurso do vereador Keu Oliveira (PTB). Keu não fez menção às eleições, mas pediu celeridade no atendimento de pessoas que buscam próteses.

No caso de Milton Monti, da secretaria da Saúde, o gestor foi elogiado pelos parlamentares.

Presidente do Republicanos em Barueri, o vereador Wilson Zuffa também fez ressalvas à atuação de alguns integrantes do governo. Disse já ter passado por situações complicadas, mas que preferiu relevar.

"Mas não vai dar para relevar se isso continuar. Falta de atendimento, empatia, de respeito. Trata como se fosse uma questão que não fosse do interesse dele", afirmou. "Não vou ficar passivo. A partir de hoje, quando eu lidar com uma situação que perceber que é má vontade, vou falar e vou dar nomes", afirmou. 

Newsletter
Não perca nenhuma notícia.

Inscreva-se em nossa newsletter gratuita.


Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://www.folhadealphaville.com.br/