Há 50 anos, pouco mais de 5 mil pessoas moravam em Santana de Parnaíba. Desde então, a cidade construiu novos bairros, dentre eles os residenciais de Alphaville, e viu a população se espraiar por diversas regiões, fazendo com que o local chegasse a 154 mil moradores este ano - uma alta de 2759%.

Esse crescimento vertiginoso foi raro na Grande São Paulo e muito acima do ritmo do Brasil - a população brasileira cresceu 100% nessas cinco décadas.

A atual marca foi divulgada nesta semana pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na quarta-feira (28) com os dados oficiais do Censo 2022.

Parnaíba foi a cidade que mais cresceu entre 2010 e 2022 entre os municípios com mais de 100 mil habitantes - cerca de 41%. Isso representa um acréscimo de 45 mil habitantes ou um novo morador a cada 27 horas.

O resultado foi citado pelo prefeito Marcos Tonho (PDT) nas redes sociais, que destacou a cidade ser tema de reportagem do SPTV da TV Globo, como o município que mais cresceu na Grande São Paulo.

A gestão tem apontado ações como a regularização fundiária, como um dos motivos para o avanço no número de habitantes, além da chegada de novas empresas e negócios nos últimos anos. "Desde 2013, beneficiamos mais de 21 mil pessoas com escrituras gratuitas, garantindo o direito real de propriedade, com toda segurança jurídica", publicou o prefeito nesta semana.

"Atualmente estão em fase de registro 47 processos de REURB e nos próximos dois anos vamos regularizar mais de 4 mil imóveis."

Barueri

Do outro lado de Alphaville, em Barueri, o crescimento também foi expressivo nos últimos 12 anos - 31%. Segundo o IBGE, Barueri passou pela primeira vez da marca dos 300 mil moradores - agora são 316 mil. Em 2010, o Censo apontava cerca de 240 mil moradores.

Brasil e estado de SP

O Brasil conta com 203 milhões de habitantes, salto de 6,5% e menor do que o projetado em estimativas anteriores. No caso do estado de São Paulo, são 44 milhões de habitantes, 7% a mais do que o verificado no levantamento de 2010.

Censo atrasado

O levantamento que deveria ter sido feito em 2020 foi adiado na gestão Jair Bolsonaro (PL) por dois anos. No final do ano, uma prévia foi divulgada, mas o IBGE ainda fazia o levantamento de algumas regiões, culminando no resultado oficial deste mês.