No ano passado, o prefeito de Santana de Parnaíba, Marcos Tonho e o ex-prefeito Elvis Cezar fizeram a principal movimentação partidária na região: deixaram o PSDB e foram para o PDT.

Apesar disso, nove meses após a troca, o PDT ainda não tem diretório na cidade, bem como o PSDB que ficou órfão de lideranças no município. A situação que pode parecer incomum é a regra da maior parte das legendas da cidade e da vizinha Barueri.

De acordo com TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a maioria dos partidos das duas cidades está "inativo" e não possui nem diretório nem comissão provisória, a dois anos das eleições municipais que definiram os novos prefeitos e vereadores.

Em Parnaíba, apenas sete siglas têm comissões formadas, sendo que só três são diretórios definitivos: PT, MDB e PSB. Nesses casos, apenas nas convenções é possível alterar o comando das siglas por meio do voto dos filiados. As demais legendas possuem órgãos provisórios e dependem do aval do diretório estadual: PSD, Republicanos, PL e PTB.

Outras 21 legendas estão inativas, segundo o cadastro do TSE. O cenário abre questionamentos sobre a falta de vida partidária desses partidos fora do período eleitoral. Também sinaliza a briga pelo comando dessas legendas até a época da votação.

Barueri

Do lado de Barueri, 11 partidos estão com a vida partidária acontecendo, mas a maioria também de forma provisória. O PDT da cidade, por exemplo, também está sem o diretório ativo, mesmo com uma base forte na Câmara Municipal com Toninho Furlan (PDT) como presidente da Casa.

Por outro lado, o PSDB é um dos poucos que possuem diretório definitivo, com eleição para a escolha de presidente e da mesa diretora. A legenda governa a cidade desde o retorno do prefeito Rubens Furlan (PSDB) ao comando do município em 2016.

Além dos tucanos, Cidadania, PT, PSC, PCdoB, Solidariedade, PTB, PSD, PP, DC e Republicanos estão com órgãos partidários ativos. Segundo o TSE, 19 siglas da cidade seguem inativas ou com o registro suspenso.

A questão sobre os órgãos partidários municipais já gerou polêmica nos últimos anos. A Justiça Eleitoral havia estabelecido um prazo para que as comissões provisórias fossem tornadas definitivas antes das eleições de 2020.

Para a eleição do ano passado, a situação pesou pouco, dado que a disputa era estadual. O cenário para a próxima votação ainda será definido até 2024 e dependerá das resoluções da Justiça Eleitoral.