Campanhas eleitorais em Barueri devem ser as mais caras dos últimos anos
Partidos investem forte em candidaturas de Gil Arantes e Beto Piteri
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Com uma disputa acirrada entre os grupos de Rubens Furlan (PSB) e do ex-prefeito Gil Arantes (União), a eleição em Barueri neste ano tende a ser a mais cara desde, pelo menos, 2012. As primeiras informações sobre a prestação de contas dos candidatos já indicam esse cenário, revelando uma disputa bem diferente das que vimos nos últimos anos.
De acordo com a lei eleitoral, os candidatos a prefeito podem gastar até R$ 5,1 milhões para fazer a campanha eleitoral no primeiro turno, valor que ultrapassa os gastos dos últimos anos. Ao que tudo indica é possível que os concorrentes cheguem perto desse teto.
Apoiado pelo atual prefeito, Beto Piteri (Republicanos) registrou ter recebido R$ 2,8 milhões para a campanha, vindos em especial do diretório nacional do Republicanos, que garantiu R$ 2 mi nos repasses. Além da sigla, o diretório municipal do PSDB, controlado pelo grupo de Furlan, repassou outros R$500 mil e mais R$200 mil vieram do diretório nacional do PSB.
Para efeito de comparação, Rubens Furlan venceu a disputa em 2020 com uma campanha que custou R$ 1,3 milhão (ou R$ 1,7 milhão ajustado pela inflação do período). Quatro anos antes, Furlan retornou à prefeitura com uma campanha no valor de R$ 2,5 milhões (ou R$ 4,3 milhões em valores atualizados).
Contudo, este ano há uma diferença fundamental: a competitividade. Em suas duas vitórias anteriores, Furlan foi reeleito no primeiro turno com mais de 80% dos votos. Neste ano, Gil Arantes também promete investir alto para retomar o comando da prefeitura pela quarta vez, o que aumenta a necessidade de gastar ainda mais. Gil é uma das principais apostas do União Brasil e já registrou mais de R$ 4 milhões em receitas vindas do diretório estadual da legenda. Com isso, os candidatos a prefeito já somam R$ 6,8 milhões arrecadados para gastar com as despesas de campanha.
Os demais candidatos, por enquanto, informaram ter bem menos força financeira. A campanha de Fabião (MDB) não declarou nenhum valor recebido para a disputa, enquanto Sabrina Nabuco (PSOL) mencionou ter recebido R$ 49 mil para a corrida eleitoral. As prestações de contas podem ser consultadas no site da Justiça Eleitoral.
2012 serviu para criar teto
A campanha deste ano tem semelhanças com a de 2012 também em gastos. Na época, Gil Arantes enfrentava o vice-prefeito de Furlan, na época Carlos Zicardi. Com uma campanha acirrada, Zicardi foi derrotado em uma campanha que custou R$ 3,7 milhões (R$ 7,2 milhões corrigida a inflação).
As despesas naquele período serviram como base para estabelecer um limite de gastos para as campanhas eleitorais. Tentando frear o gasto descontrolado por políticos nesse período, foi criado uma norma que o valor para a campanha poderia ser de no máximo 70% do gasto em 2012. Nos anos seguintes, esse valor passou a ser atualizado com a inflação, chegando aos atuais R$ 5,1 milhões em Barueri.
Republicanos doa R$ 1 milhão para campanha de Elvis
No caso de Santana de Parnaíba, poucas declarações foram feitas até aqui na prestação de contas dos candidatos. A principal foi de Elvis Cezar (Republicanos). A campanha do ex-prefeito recebeu R$1 milhão do diretório nacional do Republicanos. Já Silvinho Filho (PSD) informou ter recebido R$ 10 mil, enquanto as demais candidaturas, de Professor Aristides (PT) e Leandro Monteiro (PL) não declararam valores até aqui.