Congresso já discute adiar eleições; Furlan e Elvis apoiam
Proposta de Alcolumbre (DEM) é realizar pleito ainda este ano, sem prorrogar mandatos
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse na terça-feira (19) que "a maioria dos parlamentares" é favorável ao adiamento das eleições municipais deste ano, mas sem a prorrogação dos mandatos de vereadores e prefeitos Brasil afora. Na prática, isso significa que há um consenso no Congresso para postergar o pleito para novembro ou dezembro devido ao avanço da epidemia de Covid-19 no Brasil.
Diante disso, Maia anunciou a criação de uma comissão mista de deputados e senadores para debater o adiamento da data das eleições. "Se for para ajudar no controle da epidemia e na proteção da população, sou favorável ao adiamento. Mas desde que a eleição seja realizada ainda neste ano", disse o prefeito de Barueri, Rubens Furlan (PSDB), que é candidato à reeleição. "O adiamento pode ser realmente necessário, principalmente se os casos de Covid-19 continuarem aumentando. O momento tem que ser de preservar vidas", afirmou Elvis Cezar (PSDB), prefeito de Santana de Parnaíba.
A proposta foi feita pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que contou ter discutido a iniciativa com Maia, com o futuro presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, e com o presidente do Supremo Tribunal Federal, José Antonio Dias Toffoli. "A participação do TSE, naturalmente, é fundamental", disse Alcolumbre.
"Temos que lembrar que a eleição não é só o dia em que o povo vai até a urna fazer sua escolha, o processo eleitoral engloba o período de convenções, campanha, treinamento de mesários e vários outros procedimentos, portanto, não é simples. São coisas que exigem contato e proximidade entre as pessoas. Temos que proteger também a democracia e a Constituição", afirmou Furlan.