Eleições nos EUA: entenda como funciona o Colégio Eleitoral norte-americano
Sistema norte-americano pode dar a vitória a um candidato que perca o voto popular
Nesta terça-feira, 3 de novembro, o mundo acompanha uma disputa histórica pela presidência dos Estados Unidos.
A eleição norte-americana afeta não somente a política interna nos EUA, que vive um clima de tensão em meio a protestos e a pandemia, mas também a relação com os outros países.
A disputa eleitoral estadunidense é bem diferente do pleito no Brasil. A começar pelo voto, que em muitos estados segue o modelo impresso, em vez da urna eletrônica.
Nos EUA, o Colégio Eleitoral é um dos nomes mais importantes da eleição, podendo dar a vitória a um candidato que perca o voto popular, como aconteceu em 2000, com George W. Bush, e em 2016, com o atual presidente Donald Trump.
O Colégio Eleitoral foi criado no fim do século 18, nas convenções que definiram a Constituição norte-americana. De acordo com esse sistema, 538 delegados são apontados pelos 50 estados e a capital, Washington, a cada eleição.
Cada estado tem um número diferente de delegados, equivalente ao número de representantes na Câmara dos Representantes, mais dois senadores.
Em quase todos os estados, o candidato à presidência que for mais votado leva todos os delegados. Apenas os estados de Nebraska e Maine permitem que o delegado seja eleito por um distrito específico e vote no candidato que venceu no local.
Para vencer a eleição, o candidato precisa ter maioria simples, ou o equivalente a 270 dos 538 delegados.