Projetos fotovoltaicos invadem construções
Tecnologia permite economia financeira de mais de 80% com luz
O aumento do custo da energia elétrica e fatores relacionados à preservação do meio ambiente têm feito com que consumidores e empresários busquem alternativas sustentáveis para a geração de energia. Prova dessa demanda é que, em 2018, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o país atingiu a marca histórica de 500 megawatts (MW) de potência instalada em microgeração e minigeração distribuída de energia solar fotovoltaica. Esses sistemas permitem a conversão direta da radiação solar em energia elétrica para consumo próprio e o fornecimento do excedente para a rede de distribuição elétrica local.
A Hauz Construções Personalizadas, empresa do Grupo Katz, especializada em obras sob medida notou que casas com esse tipo de padrão energético se tornaram uma tendência e tem atendido a essa demanda por energia fotovoltaica instalada. "Casas e empreendimentos comerciais, que prezam pela economia de energia e, também, pelo reaproveitamento de água da chuva, são buscas recorrentes", explica Guilherme Vargas, diretor da Hauz.
Segundo Vargas, a demanda por esse tipo de construção com energia fotovoltaica tem crescido nos últimos anos, principalmente a partir da Resolução Normativa 482/2012, da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que autorizou a geração distribuída, permitindo ao consumidor brasileiro gerar sua própria energia elétrica, a partir de fontes renováveis, e fornecer o excedente para a rede de distribuição local.
O aumento da procura pela tecnologia se justifica pela economia, que ultrapassa 80%, se comparada à energia elétrica, e pelo retorno em sustentabilidade e preservação ambiental, de acordo com a Absolar.
Equipamentos
A instalação do sistema deve ser feita por um especialista e alguns equipamentos diferenciados são necessários, como o painel fotovoltaico, o inversor de frequência, o relógio bidirecional e todos os cabos elétricos utilizados para o funcionamento da tecnologia. "Cada imóvel possui uma demanda específica de energia. A função do inversor é converter a energia gerada nos painéis para ser direcionada à rede de distribuição elétrica local, enquanto um técnico leva em consideração o consumo para dimensionamento do sistema", explica Vargas.
Se a demanda for superior à máxima capacidade de geração da energia solar, o relógio registrará o consumo a ser pago à concessionária.