Para setor, venda de imóveis será incentivada por juros baixos
Ritmo de crescimento deve ser retomado até o final do ano. Especialistas se mostram otimistas, apesar da pandemia
De acordo com previsão do setor imobiliário, como do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), a comercialização de imóveis em todo o país deve retomar o ritmo de crescimento até o final do ano. Apesar do cenário ser ainda incerto em relação ao retorno da atividade econômica, devido a pandemia, especialistas do setor imobiliário se mostram otimistas e acreditam que a crise não deve penalizar fortemente o mercado. A busca por imóveis tem se mantido aquecida pelo meio online. No Imovelweb, site de compra e aluguel de empreendimentos, houve um aumento na procura de 68% nesta última semana de abril, frente ao mesmo período de março.
Juro e estoque baixos
A possível recuperação do setor imobiliário se deve principalmente pela taxa de juros estar no menor patamar da história. Com a Selic em 3,75% ao ano, as taxas do financiamento imobiliários variam de 6,5% ao ano até 8% ao ano nos grandes bancos, o que é considerado bem atrativo ao consumidor.
A Caixa também anunciou uma carência de seis meses (180 dias) para o início do pagamento das prestações de financiamento de imóveis novos para todas as linhas de crédito habitacional do banco. Somado a isso, atualmente, o mercado imobiliário apresenta um estoque baixo de imóveis. Em São Paulo, por exemplo, em fevereiro, o número de imóveis em estoque (aqueles que não foram vendidos até três anos após o lançamento) era de 30.750. Em dezembro do ano passado, o estoque era de 34.019.
Com a oferta baixa de imóveis, a expectativa é que não haja queda no preço do metro quadrado; além disso, Basílio Jafet, presidente do Secovi-SP, acrescenta que incorporadoras estão capitalizadas e com menos dívidas. "Os lançamentos foram postergados e os custos que envolvem a construção de um imóvel subiram nos últimos dois anos", finalizou.