Financiamentos imobiliários têm alta de 39,4% no primeiro trimestre
O número de unidades habitacionais financiadas aumentou 42,1% no mesmo período
Os financiamentos na aquisição e construção de imóveis com recursos das Cadernetas de Poupança no primeiro trimestre de 2019 atingiram R$ 15,6 bilhões. O número representa uma elevação de aproximadamente 39,4%, na comparação com o mesmo período do ano passado.
Em março, foram aplicados R$ 5,64 bilhões, alta de 15,9% em relação a fevereiro e de 48,3% comparativamente a março de 2018. Os dados são da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).No acumulado dos últimos 12 meses encerrados no mês de março, os empréstimos de R$ 61,8 bilhões para aquisição e construção de imóveis com esses recursos se elevaram 39,6% em relação ao apurado nos 12 meses anteriores.
Segundo a Abecip, após três anos de quedas consecutivas, repetiu-se em março a tendência verificada em fevereiro, indicando recuperação expressiva do volume financiado em 12 meses, comparativamente ao período anterior.
No primeiro trimestre de 2019, os financiamentos viabilizaram a aquisição e a construção de 62,9 mil imóveis, num aumento de 42,1% em relação a igual período de 2018. Em março, foram financiados 23,5 mil imóveis, 21,3% mais que em fevereiro e 53,6% em relação a março do ano passado.
Nos últimos 12 meses encerrados em março de 2019, foram financiadas a aquisição e a construção de 247,01 mil imóveis, alta de 38% em relação aos 12 meses anteriores, quando se financiaram 178,98 mil unidades.
MCMV
O Governo Federal anunciou que pretende liberar recursos de contas inativas do FGTS e aumentar a sua rentabilidade, hoje em 3% ao ano mais Taxa Referencial, no momento em 0%. A notícia não agradou à indústria da construção, que utiliza os recursos do fundo como fomento a crédito imobiliário.
O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), José Carlos Martins, disse que o setor está preocupado com as implicações para o financiamento imobiliário. Segundo ele, o aumento da remuneração para os cotistas resultará necessariamente no encarecimento do financiamento imobiliário, particularmente para beneficiários do "Minha casa, minha vida", afetando uma fonte importante de recursos para a população de baixa renda, que não será suprida pelos bancos.