Com aumento da população idosa, condomínios precisam fazer adaptações
Segundo IBGE, entre 2000 e 2023, a proporção de idosos na população brasileira passou de 8,7% para 15,6%
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De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2000 e 2023, a proporção de idosos (60+) na população brasileira quase duplicou, passando de 8,7% para 15,6%. Em 2070, cerca de 37,8% dos habitantes do país serão idosos, ou seja, um terço da população. Diante deste cenário, os condomínios precisam se adaptar.
"Transformar o condomínio em um ambiente acolhedor melhora não só a qualidade de vida dos idosos, mas também cria um ambiente inclusivo e seguro que pode beneficiar todos os moradores do condomínio e que, inclusive, também chegarão a essa fase da vida", disse Omar Anauate, presidente da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC).A instalação de rampas de acesso em substituição às escadas, de pisos antiderrapantes para evitar escorregões e quedas, corrimãos em ambos os lados das escadarias e banheiros nas áreas comuns com barras de apoio são algumas ações que podem ser feitas para melhorar a mobilidade.
Para evitar acidentes, é importante investir em iluminação suficiente e bem posicionada em áreas comuns, escadas e entradas. Outra medida é instalar alarmes de emergência em áreas comuns e botões de chamada em unidades residenciais.
A comunicação também merece atenção, em que deve ter sinalização clara e legível nas áreas comuns e em elevadores, com fontes grandes e contrastantes.
Desafios
Omar Anauate destacou ainda que promover a acessibilidade não é tarefa simples, especialmente em unidades mais antigas. Isso porque essas alterações exigem um investimento considerável e pode gerar transtornos durante o período de obras.
"É importante criar uma cultura de acessibilidade entre os funcionários e os moradores, para que todos entendam que as adaptações não são apenas uma obrigação legal, mas um dever social e uma atitude de empatia", apontou.