Surfando na onda, e no sabor, do café
De olho no mercado que só cresce, empresários criam a maior rede social do mundo para Coffee Lovers
Depois da primeira e segunda ondas do café no mundo, que tirou a bebida dos botecos e deu a ela o protagonismo merecido em cafeterias, o café vive, desde o fim da década de 1990, a 3ª onda. As cafeterias que se enquadram nesse momento possuem cafés exclusivos provenientes de microlotes, perfis de torra únicos, alta qualidade dos grãos, profissionais superespecializados e um consumidor cada vez mais informado e exigente que questiona origem, variedade, proporção utilizada e técnicas.
Com o número de apreciadores da bebida cada vez aumentando mais, e movidos por essa paixão, os sócios Nicolas Romano, Fernando Epelman, Angel Rassi e Henrique Emídio, idealizaram a primeira plataforma de relacionamento digital para aproximar o mercado de café a todos os coffee lovers.
''Nosso propósito é fomentar e democratizar o consumo de cafés especiais no Brasil de forma escalável, rápida e eficaz'', afirma o fundador do The Coffee Match, Nicolas Romano, de 30 anos.
A essência do app, que coincidentemente foi lançado no dia 14 de abril 2017, Dia Internacional do Café, é promover conteúdo customizado de qualidade sobre as tendências do mercado de café especial e criar novas conexões entre produtores, torrefações e demais players do mercado ao oferecer cursos, eventos e experiências produzidas conjuntamente com os parceiros. Assim, o The Coffee Match atua na produção de eventos sociais e corporativos, além de se posicionar como media partner das experiências as quais promove.
''Existe uma tendência de crescimento do consumo de cafés especiais no Brasil, por isso enxergamos um gap no mercado inexplorado até então, e entregamos valor aos Coffee Lovers ao proporcionar a propagação de conhecimento e conexões valiosas entre toda a cadeia'', comenta Romano.
O Brasil produz 1/3 do café mundial, porém apenas 6% da população possui o hábito de frequentar cafeterias da terceira onda e consome cafés especiais, enquanto que em países como os Estados Unidos, o consumo do café está presente diariamente na rotina da população que enxerga na rede Starbucks, o seu terceiro lugar, logo após a casa e o trabalho.
Aliás, o fundador da mundialmente conhecida rede, Howard Schultz, foi motivo de inspiração por conta de sua paixão, coragem e determinação em revolucionar o hábito de consumir café no país. "As pessoas não compram o que a Starbucks vende, mas o porquê ela vende'', enfatiza Romano, quando se refere ao fato das pessoas entrarem em uma cafeteria da rede, não apenas por um copo de café, e sim, pela sensação de pertencer a algo maior, uma genuína comunidade de pessoas que acreditam na cultura, valores e propósito que a marca propaga.
Para atender a essa demanda e se sobressair em relação à concorrência, as cafeterias entenderam que também é necessário dar valor a experiência que o cliente tem no local. "Entram aí questões como pessoas muito capacitadas tecnicamente – sejam mestres de torras, baristas ou qualquer outro que faça parte do sistema – e a singularidade no serviço", ressalta Nicolas.
Romano explica que as lojas, cada vez mais, valorizam o preparo artesanal para cada cliente, especialmente os coados como Hario, Kalita, Prensa Francesa e até o Cold Brew. Alguns locais ainda dão oportunidade ao barista de conversar com os frequentadores sobre os mais diversos assuntos que envolvem a cadeia, fazendo com que esse profissional seja não somente o responsável pela xícara perfeita, mas também o porta-voz de um trabalho árduo e cheio de valor.
"Com isso, o The Coffee Match busca fidelizar clientes e proporciona a entrada de novos consumidores nesse segmento premium, incentivando a procura por ambientes movidos a cafés de qualidade e a um atendimento personalizado", finaliza.