Quarentena leva empreendedoras a apostar na venda de máscaras
Mulheres viram oportunidade com explosão da procura pelo equipamento no enfrentamento da pandemia
A pandemia tem sido severa com os empreendedores de Alphaville. Sem ajuda, alguns fecharam as portas, enquanto outros tentam driblar as adversidades para manter seu negócio em funcionamento ou pelo menos retomá-lo ao fim da crise.
Mas há também quem esteja lucrando depois de ter identificado a demanda quase universal por um produto que vem se tornando onipresente Brasil afora: máscaras.
É o caso, por exemplo, de Luciana Teixeira (9 9691-3464), empreendedora de Barueri que trabalhava com a confecção de roupas infantis para a indústria mas viu seu negócio minguar com o início da quarentena. "Eu tinha muito tecido aqui, mas a demanda parou. Aí eu decidi começar quando o ministério da Saúde liberou", diz ela.
A "liberação", no caso, foi uma fala feita pelo ex-ministro Luiz Henrique Mandetta em 2 de abril incentivando o uso de máscaras de tecido pela população. 'Como eu já tenho experiência em costura, foi simples fazer a máscara", diz Luciana. "É um dinheiro bem legal que me ajudou bastante", conta ela, em pouco mais de duas semanas faturou R$ 2 mil.
Empreendedores que já atuavam de alguma maneira com a confecção de roupas saíram em vantagem. É o caso da empresária Rose Rangel (@ RoseRangelGifts), que tem uma loja de presentes e já possuía o maquinário para fabricar as máscaras. "Já quero fazer máscaras mais personalizadas para agregar valor", conta. Ela, que já vendeu 1500 peças desde o início do isolamento social, incentiva: "se a pessoa não tiver o contratempo da matéria prima, ela tem que fazer mesmo".
O principal desafio para aqueles que querem confeccionar o acessório, dizem as empreendedoras, é ter fornecedores do elástico que sustenta a máscara. Quem os encontra, ou já conhece potenciais clientes, também sai na frente, como a representante comercial Daniela Vasone (vidafloridaoficial), que trabalha para uma marca de roupas.
"Eu trabalhava com amenities, parei há 20 anos, mas alguns hospitais me procuraram para fazer, porque eles estão com muita falta". Ela ainda não começou a produção, mas já importou matéria prima para dar início à fabricação, que deve começar nos próximos dias.