Sábado, 23 Novembro 2024

Economia

Empresários apostam em ‘shopstreaming’ para alavancar vendas

Economia

Empresários apostam em ‘shopstreaming’ para alavancar vendas

Quarentena elevou o formato de comercialização por meio de lives, Brasil segue fenômeno chinês

Jéssica Borelli, proprietária de Instituto em Alphaville, aderiu as lives (Divulgação)
Com o período de isolamento social, as empresas precisaram se reinventar para alavancar as vendas. O que se vê é que o Brasil começou a experimentar um fenômeno que já havia ocorrido na China. Por lá, os vídeos ao vivo já eram parte da rotina das pessoas. Mas a quarentena elevou o formato a um novo patamar. A venda por meio de lives ganhou até um apelido: shopstreaming. 

A consultoria iiMedia estima que o faturamento desse modelo de vendas será de 129 bilhões de dólares em 2020, um crescimento de 111% em relação a 2019. "As empresas estão reavaliando se a venda presencial é mesmo a melhor forma de experiência para o cliente. Poderemos ver uma mistura maior do mundo online com o offline daqui para a frente", diz Dustin Pozzetti, sócio-líder de tecnologia, mídia e telecomunicações da consultoria KPMG no Brasil.

Os empresários da região embarcaram na nova tendência. A Hyundai Sinal, com unidade em Alphaville (Estrada Da Aldeinha, 251, Alphaville Empresarial), realizou uma live recentemente com a dupla sertaneja Maiara & Maraisa, que tem imóvel no bairro. A programação contou inclusive com sorteio beneficente.

O Instituto Jéssica Borelli Nutrição e Saúde Personalizada (Avenida Copacabana, 112 – Salas 803/804- Edificio Medic Life, 18 do Forte), que também aderiu às lives, afirmou que as redes auxiliaram o Instituto a ser lembrado em um momento que o contato social está reduzido. "As lives acabaram aumentando a adesão. Antes os pacientes vinham mais por indicações e agora chegaram pelas redes sociais", disse Jéssica Borelli, proprietária do local.

O especialista

Na avaliação do economista da FGV, Rodolpho Tobler, novos métodos, como as lives, adotados por empresas têm sido positivos. "A partir de maio começamos a observar uma recuperação das atividades, mesmo que lenta. As empresas têm conseguido se reinventar, atingindo os consumidores e sobrevivendo. Isso tem sido positivo, ajudando na recuperação da economia", falou.

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