Dia das Crianças: como investir em cada fase da vida dos pequenos
Essa é uma boa época para pensar em garantir um futuro financeiro mais confortável para seu filho
No Dia das Crianças a expectativa dos pequenos gira em torno dos presentes, principalmente os brinquedos. Mas a data é uma boa época também para pensar em garantir um futuro financeiro mais confortável para seu filho. Para isso, é importante considerar a idade da criança e seus objetivos no futuro.
O primeiro passo é ficar longe de investimentos com baixa rentabilidade e custos altos e investir em uma carteira diversificada. Afinal, você não vai querer apostar o futuro financeiro dos seus filhos em uma única ação ou fundo. "A ideia central da diversificação é buscar o equilíbrio do portfólio de investimentos, de forma que diferentes estratégias de diferentes ativos se complementam, e assim maximizar a relação risco-retorno a longo prazo", explica Daniel Jannuzzi, planejador financeiro CFP® e especialista de investimentos da Magnetis, primeira gestora de investimentos digital fundada no Brasil.
É preciso levar em conta o perfil de risco de cada um, mas os investimentos para as crianças, por serem geralmente de longo prazo, permitem assumir um grau de risco maior. A recomendação do especialista é usar o tempo a seu favor, ajustando o perfil de risco da carteira de acordo com a idade da criança e seu objetivo no futuro. "Ao começar a poupar desde os primeiros anos de vida, esse pequeno investidor pode começar em um perfil mais arrojado. Conforme o prazo do objetivo começa a se aproximar, sempre orientamos nossos clientes a começar a fazer uma migração para um perfil mais conservador."
É possível investir desde o início no CPF da criança, basta que ela tenha uma conta bancária em seu nome. A partir de uma certa idade, ela pode inclusive acompanhar esse investimento e começar a entender melhor como funcionam os investimentos. "Investir para a criança não é só poupar no nome dela, mas também uma lição importante de organização financeira e do valor do dinheiro", afirma Jannuzzi. Alguns familiares preferem investir no próprio CPF para transferir a aplicação para a criança no futuro. No entanto, muitas vezes, os investimentos dos filhos se misturam com o patrimônio dos pais e o que já foi um recurso para a faculdade acaba virando uma viagem de férias da família no final do ano. Outra opção seria adicionar a criança como co-titular na conta dos pais.
Para ajudar a pensar em uma estratégia de investimentos que acompanhe o crescimento da criança, considerando que o objetivo seja resgatar o dinheiro aos 18 anos para pagar um curso ou faculdade, o especialista sugere um exemplo com carteiras para diferentes fases da infância:
De 0 a 10 anos
22% da carteira alocada em CDBs, LCIs e LCAs com prazo de vencimento longo
10% da carteira alocada em fundos de crédito privado com rentabilidade acima do CDI
27% da carteira alocada em cotas de fundos multimercados
41% da carteira alocada em ações brasileiras e internacionais
De 10 a 15 anos
56% da carteira alocada em CDBs, LCIs e LCAs com prazo de vencimento longo
10% da carteira alocada em fundos de crédito privado com rentabilidade acima do CDI
14% da carteira alocada em cotas de fundos multimercados
20% da carteira alocada em ações brasileiras e internacionais
De 15 a 18 anos
70% da carteira alocada em CDBs, LCIs e LCAs com prazo de vencimento longo (a partir de 2 anos, pois a alíquota do imposto de renda é menor)
10% da carteira alocada em fundos de crédito privado com rentabilidade acima do CDI
20% da carteira alocada em cotas de fundos multimercados
"Esse é apenas um exemplo, cada cliente deve ter seu próprio planejamento considerando seu perfil, momento de vida e objetivos", reforça Jannuzzi. No site da Magnetis é possível simular um plano de investimentos personalizado gratuitamente.