Quinta, 21 Novembro 2024

Economia

Conservadorismo e medo de perder dinheiro levam brasileiro a preferir poupança

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Conservadorismo e medo de perder dinheiro levam brasileiro a preferir poupança

O indicador também mostrou que o brasileiro continua com dificuldades em poupar 

Brasileiros guardam dinheiro, mas não sabem investir (Foto: Reprodução)

Poucos são os brasileiros que chegam ao fim do mês com dinheiro sobrando. Diante de um quadro de instabilidade econômica, mesmo quem consegue fazer uma reserva escolhe aplicações de menor risco. É o que revela o Indicador de Reserva Financeira, apurado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). 


Em abril, a velha e conhecida poupança seguiu na liderança (65%) entre as modalidades de investimento. Manter o dinheiro em casa foi a opção de 25% dos poupadores, enquanto 20% deixaram os recursos parados na conta corrente. Apenas 8% escolheram a previdência privada e 7% os títulos do tesouro direto.


De acordo com o levantamento, as principais justificativas para esse comportamento estão ligadas ao perfil conservador do brasileiro: 28% preferiram guardar o dinheiro em um lugar onde possam sacar com facilidade, outros 28% afirmaram não ter sobras suficientes para investir em aplicações mais arrojadas, enquanto 20% disseram estar acostumados com as modalidades tradicionais. Já 17% afirmaram ter medo de perder dinheiro.


Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, há um grande desconhecimento sobre as opções que o investidor tem à disposição, componente que contribui para um perfil moderado na hora de escolher o tipo de investimento. "Se a intenção é manter o dinheiro aplicado por muito tempo, a diferença de rendimento entre a tradicional poupança e outras modalidades pode ser relevante. Por isso, é essencial conhecer as regras e o funcionamento de outras aplicações para tomar as melhores decisões", destaca.

Desafio 


O indicador também mostra que o brasileiro continua com dificuldades em poupar. Apenas 21% fizeram algum tipo de reserva financeira em abril, em contraponto à maioria (69%) que não conseguiu guardar dinheiro.


Proteger-se contra imprevistos é o principal objetivo daqueles que possuem o hábito de poupar. Seis em cada dez (60%) reservam um percentual de seus rendimentos para situações inesperadas que podem fugir do controle em razão de estarem desempregadas ou para despesas com saúde.


Dicas de investimento

- "Quero sacar com facilidade": buscar uma aplicação que possa socorrer o consumidor na hora de imprevistos é importante. A poupança cumpre esse papel, mas tem o inconveniente de render pouco. Outras opções são os CDBs e os fundos de investimentos com liquidez diária, além do Tesouro Selic

- "Meu dinheiro é pouco": a partir de R$ 30 por mês é possível aplicar no Tesouro Direto Selic. Com vencimento em março de 2025, por exemplo, o investidor poderá resgatar R$ 2.613,10. Sempre que possível, recomenda-se aumentar os aportes mensais para que a reserva cresça mais rapidamente

- "Tenho medo de perder dinheiro": em investimentos em renda variável (ações, por exemplo) o risco existe, mas há outras opções em que esse risco é muito baixo ou, quase nulo. Modalidades como CDB e a poupança são resguardadas pelo Fundo Garantidor de Crédito em até R$250 mil

- "É mais seguro guardar em casa": com o dinheiro mantido em casa, há a possibilidade de que a reserva seja roubada, além das perdas com a inflação


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