Em tempos de pandemia, Barueri e Parnaíba utilizam telemedicina
Modalidade evita deslocamento e aglomerações. Município barueriense oferece ainda no APP uma autoavaliação sintomática
O Governo Federal autorizou recentemente o uso da telemedicina durante a pandemia da Covid-19. Trata-se do exercício da medicina a distância, em que médico e paciente se comunicam por vídeo-ligações em aplicativos, como WhatsApp e Skype. Com a ferramenta, é possível realizar consultas, triagem, monitoramentos e orientações.
Em março, quando o Conselho Federal de Medicina (CFM) reconheceu a possibilidade da modalidade no país, Santana de Parnaíba lançou as consultas on-line, um canal exclusivo para tirar dúvidas em possíveis casos sintomáticos da Covid-19."O contato é feito pelo WhatsApp (97569-4045). O paciente passará por uma equipe de triagem para coletar seus dados. Em seguida, o médico, por meio de uma chamada em vídeo, irá retornar para realizar a avaliação. A prefeitura tem acesso ao prontuário eletrônico dos pacientes que realizam acompanhamento médico na rede", explicou a gestão.
Em Barueri, há um serviço de acolhimento, inspirado na telemedicina, em que uma equipe formada por especialistas presta assistência, por telefone, para pacientes. Além disso, nesta semana, a cidade disponibilizou no App Saúde Barueri uma autoavaliação que, com base nos sintomas, indica se a pessoa está com suspeita de coronavírus. "Basta responder algumas perguntas e o sistema diz o que fazer", disse a prefeitura.
Especialista
Segundo Claudia Novoa, coordenadora do Núcleo Estadual Telessaúde São Paulo da Unifesp, a telemedicina é uma ferramenta importante na pandemia da Covid-19. "Ela evita deslocamentos e aglomerações, duas coisas que estão sendo preconizadas para achatar a curva de crescimento da doença".
Ela destaca que este recurso pode ser usado também para consultas não emergenciais. "Porém, o ideal é usá-lo preferencialmente para os retornos, pois para as primeiras consultas ainda existe uma fragilidade", destacou Claudia.
Flávia Gonçalves, Docente Adjunta Departamento de Medicina da UFSCar, ressalta que a modalidade não tem a mesma eficácia que a presencial. "O médico que está atendendo deve deixar bem clara para o paciente que existe uma limitação. Mas em situações mais simples e quando o médico já acompanha o paciente, ela pode ser bem resolutiva e segura", afirmou.