Sem repasses de vacina, municípios não devem ter campanha contra raiva
Ministério da Saúde enfrenta atrasos do laboratório que produz as doses. Envio para os Estados está irregular
Os municípios de Barueri e Santana de Parnaíba, assim como demais cidades do Estado de São Paulo, não devem ter campanha de vacinação contra raiva neste ano, que normalmente é realizada no mês de agosto. Isso porque o laboratório que produz as doses para o Ministério da Saúde enfrenta problemas técnicos e atrasou o prazo de fornecimento dos imunizadores.
De acordo com a pasta, o tardamento na entrega se deu no mês de julho. Para tentar amenizar o problema do calendário da campanha, está sendo feito um remanejamento das doses destinadas à rotina de vacinação no país. "Os municípios prioritários, ou seja, aqueles que tiveram casos confirmados de raiva em cães por variantes de cão doméstico ou canídeo silvestre, e as cidades fronteiriços com a Bolívia, receberão as doses para a realização da campanha", explicou o órgão em nota.O Ministério da Saúde informa ainda que o Brasil se encontra próximo à eliminação da doença, que é causada por vírus canino da Variante 2. Neste ano, foram enviadas 7,1 milhões de doses para todo o país, sendo 1,5 milhão para o Estado de São Paulo.
Segundo o médico veterinário Sérgio Sauaia, da Clínica Veterinária de Alphaville, a raiva é uma doença infecciosa aguda causada por um vírus que acomete mamíferos e é transmitida principalmente por meio da mordida de animais infectados, mais frequentemente por cães e gatos. "A vacinação, que deve ser tomada anualmente, se mostrou o mais importante método de combate à doença, causando a acentuada diminuição do número de casos através dos anos, com baixíssima incidência de efeitos colaterais; ou seja, é um método barato, seguro e extremamente eficaz", explicou.
Preço
Moradores que quiserem vacinar os seus animais de estimação terão que desembolsar entre R$ 55 e R$ 80, de acordo com pesquisa feita pela Folha de Alphaville junto a clínicas veterinárias particulares da região. Na maioria dos locais, não é preciso fazer agendamento de horário para a imunização.