Com radares, registro de infrações tem alta de 490% em Parnaíba
Somente entre janeiro de fevereiro, Semuttrans registrou 9.832 notificações
O número de infrações cometidas por motoristas no trânsito em Santana de Parnaíba teve uma alta de mais de 490% no primeiro bimestre deste ano, na comparação com todas as ocorrências registradas ao longo de 2018.
De acordo com dados da Secretaria Municipal de Trânsito da cidade- Semuttrans, entre janeiro e 15 de dezembro de 2018, foram aplicadas 1.663 multas para condutores, enquanto somente nos dois primeiros meses deste ano, foram aplicadas 9.832 notificações.
A disparidade entre o número de infrações registradas nos períodos também pode ser creditada à instalação dos equipamentos de fiscalização eletrônica, que entraram em funcionamento no município no dia 15 de dezembro de 2018. Até então, as multas eram aplicadas somente por guardas municipais, agentes de trânsito e policiais militares por meio de talões manuais.
Os radares, que em Alphaville estão instalados na Avenida Yojiro Takaoka, próximo à Unip, Avenida Marcos Ulhôa Rodrigues, Via Parque e na Avenida Paiol Velho, fiscalizam o limite de velocidade, que varia entre 40 e 60km/h, avanço de sinal vermelho e parada sobre a faixa de pedestres.
A instalação dos aparelhos faz parte de um acordo do município com o Estado, por meio do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito, que tem como objetivo diminuir o número de mortes durante o tráfego.
Arrecadação
Ainda segundo a Semuttrans, com a notificação das infrações cometidas, além do recolhimento do valor proveniente dos motoristas que não estavam com licenciamento de veículos dia, o município arrecadou um total de R$545.537,07 em 2018.
As maiores infrações anotadas no período se referem à utilização de celulares durante o tráfego- terceira maior causa de mortes no trânsito no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego- e ao estacionamento em áreas irregulares.
Conforme determina o Código de Trânsito Brasileiro, por meio da Lei 9.503, artigo 320, todo recurso originado de multas deve retornar, obrigatoriamente, para o trânsito.
Diante dessa situação, segundo a administração municipal, os recursos obtidos na cidade por meio das punições foram revertidos em material para sinalização viária (cones, cavaletes, barreiras plasticas, balizadores); material para pinturas e demarcação viária (tintas amarela, branca, preta, vermelha e azul, tachões, prismas, tachinhas); placas de sinalização viária (material para fixação de placas de regulamentação, advertência, indicação etc); itens semafóricos, e palestras sobre educação de trânsito, entre outros.