Polícia Civil prende em Santana de Parnaíba dois suspeitos de negociar armas furtadas do exército
A prisão aconteceu nesta quinta-feira (11) em um condomínio em Santana de Parnaíba
Para receber notificações da comunidade de Alphaville e região, inscreva-se em nossos canais no Telegram e WhatsApp
Na noite desta quinta-feira (11), a Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou a "Operação Tormentorum Vendito" e prendeu, em Santana de Parnaíba, Jesser Marques Fidelix, o Jessé, e Márcio André Geber Boaventura Junior, suspeitos de negociar as 21 armas furtadas do Arsenal de Guerra São Paulo, localizado em Barueri. O furto do armamento aconteceu em setembro do ano passado.
Jesser e Márcio foram presos quando estavam deixando um condomínio de alto padrão na cidade. Segundo investigações da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), eles estariam diretamente ligados à negociação ilegal de armas, inclusive as do exército, que teriam sido oferecidas para o Comando Vermelho.
A polícia civil chegou até os dois depois de recuperar oito das armas e ter acesso a vídeos que circulam nas redes sociais e que indicariam que os dois estariam negociando o armamento para abastecer a disputa entre traficantes e milicianos na zona oeste do Rio de Janeiro.
Mais detidos
Ainda nesta sexta-feira (12), as autoridades realizam nove mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e em São Paulo, visando indivíduos associados aos dois detidos, suspeitos de envolvimento em vários crimes, incluindo receptação e clonagem de veículos para troca por armas com grandes fornecedores.
Até o momento, as autoridades apreenderam uma pistola com dois carregadores e munição, um rastreador, quatro veículos de luxo, um caminhão, 12 telefones celulares, três notebooks, pen drives, documentos diversos e outros materiais relevantes para as investigações em curso.
No começo do ano, o exército concluiu a investigação sobre o furto das 21 metralhadoras e indiciou militares e civis pelos crimes de furto, peculato, receptação e extravio das armas. O caso está sob análise do Superior Tribunal Militar.
Entenda o caso
Em outubro de 2023, o exército identificou o furto de 21 metralhadoras do arsenal do Comando Militar do Sudeste (CMSE), em Barueri. Os equipamentos teriam sido levados em setembro.
Treze metralhadoras .50, capazes de derrubar um avião, desapareceram do Arsenal de Guerra do Exército Brasileiro, além de outros oito armamentos de calibre 7.62. Das 21 armas furtadas, 19 foram recuperadas e duas continuam sendo procuradas.