Para Furlan, Bruna deve ser candidata ao Senado
Prefeito e padrinho político da tucana avalia cenário e diz que apoia uma articulação em torno da deputada
O prefeito de Barueri, Rubens Furlan (PSDB), confirmou que há conversas para que sua filha, a deputada federal Bruna Furlan (PSDB) dispute uma vaga no Senado. O tucano alegou que as tratativas estão concentradas com a própria parlamentar, mas não negou que gostaria de ver a deputada em busca do cargo na eleição de 2018.
Em entrevista à Folha de Alphaville, o mandatário também defendeu a atuação da deputada, apesar das polêmicas envolvidas em torno das votações em Brasília.
"O Senado é um sonho, eu particularmente sempre sonhei com o Senado e nunca consegui ser candidato. Mas, numa articulação que viabilize a candidatura dela, eu gostaria sim", afirmou Furlan. "Até porque conheço a atuação dela. Sei que é honesta, é determinada, trabalhadora, e dedicada, e ela no Senado ia por aqueles cabeça branca de ponta cabeça", ressaltou.
Neste ano haverá duas vagas abertas ao Senado no estado. Bruna foi convidada inicialmente pelo PRB para disputar uma das cadeiras. Para isso, teria de deixar o PSDB, no qual foi eleita duas vezes para a Câmara dos Deputados.
Furlan disse que por hora, Bruna é a única candidata que conta com seu apoio, em uma eventual reeleição, mas as conversas sobre o Senado não foram descartadas pelo grupo político.
Votações
O tucano defendeu também a postura de Bruna que votou contra a sequência das denúncias apresentadas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
"A Bruna tem votado com a consciência e com o Brasil. Ela tem a coragem de votar de acordo com a necessidade que o país tem", afirmou, alegando que a parlamentar está entre as 50 melhores da Câmara dos Deputados.
Na época, Bruna foi a única do PSDB de São Paulo a votar pela sequência do mandato do presidente Michel Temer (PMDB). Furlan alega que a posição dela foi tomada para que o Brasil não aprofundasse ainda mais na crise e que o presidente seja investigado depois das eleições de 2018.
"Teve o meu apoio, porque se o Congresso se acovarda, hoje estaria o [deputado] Rodrigo Maia (DEM) presidente, como será que ele estaria? Como será que o Brasil estaria, a crise política se agravaria ainda mais do que está", comentou o prefeito, citando que Maia também é alvo de investigações.
"Hoje deu uma estabilizada na crise política e sabemos que o Brasil vai crescer, no mínimo 3%. Sabemos que a reforma não vai ser possível ser feita, mas não vai ser feita por culpa do Congresso, mas por culpa do Janot".