Sábado, 23 Novembro 2024

Cidades

Ocorrências de afogamento deste ano já somam 87% dos casos de 2018

Cidades

Ocorrências de afogamento deste ano já somam 87% dos casos de 2018

Barueri e Santana de Parnaíba anotaram sete acidentes até a segunda quinzena de fevereiro 

Integrante do Corpo de Bombeiros simula reanimação cardiopulmonar (Foto: Michela Brígida/ Folha de Alphaville)

As altas temperaturas do verão incentivam moradores a usarem com mais frequência as piscinas de condomínios ou a fazer pequenas viagens para curtir a praia. Porém, o mergulho deve ser realizado com prudência e, no caso das crianças, sob vigilância de responsáveis para que tragédias não aconteçam.

Dados do 18º Grupamento de Bombeiros (GB) de Barueri, fornecidos após pedido da reportagem, demonstram que até a segunda quinzena de fevereiro, foram anotadas sete ocorrências de afogamento nas cidades de Barueri e Santana de Parnaíba, o que representa 87,5 % das situações registradas em 2018.

Entre os casos anotados nos municípios, seis aconteceram em Barueri, onde seis pessoas precisaram ser socorridas. Em Santana de Parnaíba, apenas uma pessoa precisou de atendimento. Felizmente, nenhuma das situações resultou em óbito.

Ao longo do ano passado, ainda segundo dados do 18º GB, Barueri registrou seis ocorrências de afogamentos, que somaram o total de 18 vítimas, sem óbitos. Em Santana de Parnaíba aconteceram duas situações, com duas vítimas, sendo que uma não resistiu.

De acordo com o Tenente Coronel Humberto Leão, da corporação, as ocorrências de afogamento acontecem geralmente em áreas abertas. Porém, nesta época do ano, tais situações também se dão frequentemente em condomínios, uma vez que a pouca profundidade das piscinas, em comparação com praias e represas, dá uma falsa noção de segurança aos banhistas, principalmente às crianças.

"Verificamos que as maiores vítimas são crianças menores de 10 anos. Geralmente, as crianças saem sem a supervisão dos responsáveis, vão brincar na borda dessas áreas e acabam caindo na água e as piscinas não possuem nenhum tipo de proteção", explica.

Para evitar este tipo de acidente, a recomendação é de que seja instalado gradis ao redor das piscinas e que elas sejam cobertas com lonas. Além disso, o Corpo de Bombeiros orienta aos adultos a ficarem extremamente atentos às crianças durante o lazer e em caso de necessitar se ausentar temporariamente do local, os acessos às piscinas devem ser impedidos.

Uso de boias

Pais e responsáveis devem ficar atentos aos pequenos, mesmo quando estiverem utilizando boias de natação. Em momento de descuido, o item pode virar e a criança acabar ficando com a cabeça dentro da água, obstruindo a respiração. Ainda segundo os bombeiros, o uso de bebidas alcoólicas está diretamente ligado aos afogamentos, logo não é recomendado fazer a ingestão durante o lazer.

Quando a pessoa se afoga é provável que a água entre nos pulmões, limitando a entrada de ar. Nessas situações, a recomendação é de que seja feito uma Reanimação Cardiopulmonar (RCP) e não a "respiração boca-a-boca". "Aqui no Brasil, menos de 1% das pessoas sabem como fazer. Em palestras, damos orientações da ação até o momento da chegada do resgate", explica o Tenente Coronel. 

Newsletter
Não perca nenhuma notícia.

Inscreva-se em nossa newsletter gratuita.


Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://www.folhadealphaville.com.br/