Moradora do bairro conscientiza população sobre doação de órgãos
Há menos de seis meses, Carla Müller fez um transplante de coração, após nove meses internada
Nove de janeiro de 2023. Esse foi o dia que a moradora de Alphaville Carla Müller Mendes (@camuller83), de 40 anos, renasceu. Foi nesta data que seu novo coração chegou ao hospital onde estava internada para que fosse feita a cirurgia de transplante.
Segundo ela, que nasceu com Cardiomiopatia Arritmogênica do Ventrículo Direito, uma doença genética e degenerativa, foram nove meses internada à espera de um órgão. Durante esse período, Carla notou a escassez de informações sobre o assunto e decidiu iniciar uma campanha de conscientização em suas redes sociais. Atualmente, ela conta com mais de 100 mil seguidores que a acompanham nessa jornada."Durante minha internação, fiz muitos amigos que, infelizmente, faleceram devido à demora na chegada de um órgão. Eu tento conscientizar o maior número possível de pessoas sobre a importância da doação de órgãos. Faço isso por meio do Instagram, participando de palestras, podcasts, entrevistas na mídia e promovendo a caminhada Setembro Verde, na qual distribuirei camisetas, infláveis e cartazes", explicou.
"Meu sonho é levar palestras para as escolas, de uma maneira lúdica, por meio de cartilhas e atividades divertidas. Quero mudar a cultura do Brasil em relação à doação de órgãos. Esse é um ato de extrema bondade, capaz de salvar mais de dez vidas", declarou Carla.
Uma enquete feita nas redes sociais da Folha de Alphaville na quarta-feira (21) revelou que 58% dos moradores do bairro que responderam se declaram doadores de órgãos e 42% não.
Além disso, no levantamento, 19% afirmaram que familiares já precisaram da doação de algum órgão. Mais de 160 pessoas participaram da enquete.
Como ser um doador
De acordo com o Ministério da Saúde, para ser um doador de órgãos, é necessário avisar a família sobre essa vontade. Isso porque, no Brasil, a doação só será realizada após a autorização dos familiares.